“Amigos da Cidade” defende zoo em São Paulo para instrução e diversão

 

TÍTULO Um parque zoológico para S. Paulo
AUTOR Desconhecido
DATA 16 de maio de 1943
LOCAL São Paulo
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO

A sociedade “Amigos da Cidade”, sob presidência de Ubaldo Franco Carby, opina sobre a sugestão feita por Walfrido Prado Guimarães de que o jardim zoológico de propriedade particular na Granja Julieta deveria ser adquirido pelo Estado ou pela Prefeitura de São Paulo. No mesmo texto, é chamada a atenção para a brutalidade em que os animais de tração vinham sendo tratados na cidade.

“Essa comissão, considerando que São Paulo, como grande centro, necessita realmente de uma exposição zoológica com fins instrutivos e de diversão [grifo meu], é de parecer que se indique ao interventor federal a oportunidade da aquisição da referida granja, antes que se disperse a coleção de pássaros e animais ali reunidos. (…) Por um dos membros do conselhos diretor foi finalmente acentuada a deshumanidade que se verifica no tratamento dispensados aos animais de tração em São Paulo, na atual fase de dificuldades de transporte. Carroções superlotados de carga exigem esforço brutal dos animais, que são conduzidos frequentemente à força de chicote”

 

Zoo em São Paulo contaria com a ajuda de “S. Francisco da Granja”, diz coluna

 

TÍTULO S. Francisco da Granja
AUTOR Desconhecido
DATA 23 de março de 1942
LOCAL São Paulo
FONTE Folha da Noite
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO Com autoria desconhecida, coluna defende criação de um zoológico na cidade de São Paulo para as crianças e para o Departamento de Zoologia da Faculdade de Filosofia. Segundo o autor, se assim fosse pedido, o proprietário do zoo amador da Granja Julieta (chamado de ‘Velho Almeida’, o ‘amigo de todos os animais’) ajudaria na empreitada. O texto se inicia com uma crítica pesada ao Jardim da Aclimação, que não estaria nem alimentando seus animais nem protegendo-os de visitantes que jogam contra eles cigarros acessos e objetos: “Agora, entretanto, ele  [O Jardim de Aclimação] não é mais sequer a sombra do que foi nos dias em que todos nós o considerávamos decadente.”

 

Decadente, diz major sobre leão de zoo em Berlim que posa para fotos com crianças

 

TÍTULO “Teu filho não voltará mais!”
AUTOR Major Affonso de Carvalho
DATA 17 de abril de 1941
LOCAL Berlim, Alemanha
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO

Major Affonso de Carvalho relata seu encontro com um leão do zoológico de Berlim que posava para fotografias com crianças. Vê nisso a decadência do leão como símbolo.
Ele nota que os animais não estão protegidos durante os bombardeios da 2ª GM.

Em 2013, na Rússia, a prática de crianças tirarem fotos com animais de circo (como felinos) ainda existia, segundo reportagem do New York Times.

Efeméride lembra conversão do Jardim Público da Luz em Jardim botânico e zoológico

 

TÍTULO 1889
AUTOR Desconhecido
DATA 27 de março de 1941
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO Efeméride publicada no Estadão lembra que, em março de 1941, o governo, por ao ato legislativo, ficou autorizado a converter o Jardim Público, no bairro da Luz, em Jardim Botânico e Zoológico, “onde serão cultivados e criados os ? da flora e fauna do Estado”

 

Adhemar de Barros designa comissão para analisar viabilidade de zoo no Jaraguá

 

TÍTULO Fazenda Jaraguá
AUTOR Desconhecido
DATA 28 de setembro de 1940
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo 
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO Interventor Adhemar de Barros (São Paulo) designa comissão de 7 membros para analisar possíveis aproveitamentos do Jaraguá, entre eles, a construção de um zoológico. Também nomeia Octavio Bicudo como administrador da Fazenda Jaraguá.

 

 

Governo de São Paulo anuncia comissão para avaliar construção de zoo no Jaraguá

 

TÍTULO O Jaraguá
AUTOR Desconhecido
DATA 29 de setembro de 1940
LOCAL São Paulo
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO Governo anuncia uma comissão técnica para estudar as medidas necessárias e os meios práticos de conservação e aproveitamento do Jaraguá, tendo em vista, entre outros objetivos, a construção de um jardim zoológico no local.

 

No caos da cidade, visita a zoo transforma homens em animais

 

TÍTULO Pequenas Delicias da Vida Conjugal
AUTOR George Mc Manus
DATA Publicado em 2 de junho de 1940, mas datado de 20 de novembro de 1939
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo Folha da
REPOSITÓRIO Acervo Estadão Acervo Folha
DESCRIÇÃO

Pequenas Delicias da Vida Conjugal
– Vamos visitar o Jardim Zoológico. Ouvi falar dos filhotes nacidos de animais e gostaria de vê-los.
– Mas, onde se acha esse Jardim Zoológico?
– Dentro da cidade?
– Bonito! Se nos metermos no bonde, seremos nós os animais.

Expedição americana vai à Libéria caçar animais para zoo de Washington

TÍTULO Penetrará em territorios nunca vistos por homens brancos
AUTOR U.P (United Press?)
DATA 26 de março de 1940
LOCAL Washington, EUA
FONTE Folha da Noite
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO Matéria discorre sobre expedição de caça de animais na Libéria para abastecer zoológico norte-americano. Segundo reportagem, animais capturados seriam alimentados com “leite condensado”.

 

Zoos têm função recreativa, de estudo e patriótica, diz Nuto Sant’Anna

TÍTULO Jardins Zoologicos
AUTOR Nuto Sant’Anna
DATA 31 de janeiro de 1940
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão 
DESCRIÇÃO Apenas identificado como relacionado ao Departamento de Cultura, Nuto Sant’anna escreve um artigo de opinião defendendo a construção de um  zoológico na cidade e também fazendo um pequeno levantamento histórico das instituições que tiveram cunho similar no país.

Volta a colocar como argumento que outras grandes cidades já possuem um zoológico e que ele é importante para que os animais possam ser conhecidos após sua extinção pelos caçadores de devastadores de matas. É um argumento similar ao utilizado muitas vezes na história da antropologia para o estudo de populações indígenas. Segundo essa linha de pensamento, é preciso estudar as populações aborígenes antes que elas sejam “aculturadas”. No campo da antropologia, essa visão já caiu por terra, já que as culturas são dinâmicas, não estáticas.

Sant’Anna cita o valor recreativo, educativo e patriótico do zoológico.

Entre os jardins zoológicos que faz menção estão:
* O Zoo do Rio de Janeiro (Barão Drumond) – já em estado desolado. Segundo Sant’Anna, os animais não sofrem lá de nostalgia de liberdade, mas de nostalgia dos tempos glórios do zoo
* O Jardim Botânico de São Paulo, Jardim da Luz, que contava com animais herbívoros somente – uma ema que comia moedas (!) dadas pelos visitantes, macacos que depois, sob ordem da Prefeitura foram para lugar “menos público”
* O Jardim da Aclimação em São Paulo – que também está abandonado, com cubículos inadequados e anti higiênicos para os animais (urso e onça esquálidos)
* Granja Julieta, do “capitalista Manuel Caetano de Almeida”, que está em bom estado e que por pouco não foi vendido para a prefeitura (não foi, segundo o artigo, porque alguns bradaram que a cidade precisava de outras coisas -como hospitais-, não zoológicos.

Menciona também que em 1896 Eugênio Ferreira entrou em contato com a Prefeitura de SP para a construção de um zoo municipal. Ele buscava trazer para a cidade o jogo do bicho. O pedido lhe foi negado.