Mês: março 2016

Palco de reality show nos EUA, zoológico tem histórico de abusos contra animais

TÍTULO  Welcome to the Jungle: The schocking story behind yet another Animal Planet reality show
AUTOR James West
DATA 18 de março de 2015
LOCAL zoológico em Mount Vernon, Maine (EUA)
FONTE Mother Jones
REPOSITÓRIO http://www.motherjones.com/media/2016/03/animal-planet-yankee-jungle-reality-canceled
DESCRIÇÃO Site Mother Jones revela que zoológico em Mount Vernon, Maine (EUA), que vinha sendo palco de um reality show do canal Animal Planet, tem longo histórico de violações de direitos animais. Após a repercussão da denúncia, o canal cancelou o programa. 

 
O programa Yankee Jungle mostrava o dia a dia de Bob e Julie Miner, que mantêm 200 animais no DEW Haven, “santuário” de animais no Maine. 
 
Segundo o repórter, outras atrações do Animal Planet, como Call of the Wildman, foram omissas em relação a maus-tratos animais. 
 
As denúncias foram coletadas de antigos voluntários que já trabalharam no DEW Haven e incluem a importação de animais sem aval das autoridades, más condições sanitárias, recintos impróprios e falta de cuidados veterinários que levaram à morte de animais.
 
De acordo com os Miners, todas as infrações foram corrigidas e houve “exageros” e falta de profissionalismo nas denúncias. 
 
Abaixo, vídeo sobre o local.

 


Inside the Maine family-run zoo, star of new reality series “Yankee Jungle” from Ashley Conti on Vimeo.

Elefantes africanos são levados a EUA secretamente antes de decisão judicial

 

TÍTULO The Stolen 18: Swaziland Elephants Secretly Shipped to U. S. Zoos to Avoid Legal Challenge

US zoos secretly fly 18 elephants out of Swaziland ahead of court challenge
AUTOR
Marc Bekoff
Oliver Milman
DATA
10 de março de 2016
9 de março de 2015
LOCAL
 Suazilândia

Dallas Zoo (EUA)

Sedwick County Zoo (EUA)

Omaha’s Henry Doorly Zoo (EUA)

FONTE
Huffington Post
The Guardian
The Wichita Eagle
REPOSITÓRIO
  • http://www.huffingtonpost.com/marc-bekoff/the-stolen-18-swaziland-e_b_9422486.html
  • http://www.theguardian.com/world/2016/mar/09/us-zoos-secretly-fly-elephants-swaziland-dallas-kansas-nebraska
  • http://www.kansas.com/news/politics-government/article71364067.html
DESCRIÇÃO
O professor de ecologia e biologia evolutiva Marc Bekoff denunciou por meio de sua coluna no jornal “Huffington Post” que um carregamento com 18 elefantes chegou secretamente aos Estados Unidos da Suazilândia em 8 de março de 2016 para abastecer zoológicos do país (Dallas Zoo, Sedwick County Zoo, Omaha’s Henry Doorly Zoo).
 
Trata-se da primeira vez, desde 2003, segundo ele, que elefantes foram capturados da natureza para abastecer zoológicos americanos. Os animais têm entre cinco e vinte e cinco anos, segundo reportagem do “The Guardian”  
 
Ainda que os zoológicos tivessem obtido permissão da Serviço dos EUA para Peixes e Vida Selvagem (US Fish & Wildlife Service – USFWS) para importar os animais, uma ação judicial foi apresentada pela ONG Friends of Animals alegando que o USFWS tinha a obrigação legal de avaliar e divulgar a público, de acordo com o National Environmental Policy Act, se o encarceramento dos elefantes não traria sofrimento  social, psicológico comportamental e físicos a eles. 
 
Antes que o tribunal pudesse emitir sua decisão sobre o caso (a audiência preliminar, em que advogados do Friends of Animals teriam seus argumentos ouvidos estava marcada para 17 de março), os animais foram trazidos aos EUA sem que autoridades judiciais ou a imprensa fossem informados. 
 
Os zoológicos haviam defendido a importação dos animais alegando que a Suazilândia atravessa uma forte seca que colocava o bem-estar dos elefantes em risco e que era preciso também abrir espaço para que rinocerontes da região pudessem viver melhor. No entanto, ativistas dizem que os animais poderiam ser transferidos para outros parques nacionais africanos e que o governo da Suazilândia vinha impedindo a migração dos animais. 
 
Em abril de 2016, no entanto, a ONG desistiu de levar adiante o processo judicial sobre o caso, segundo o jornal local “The Wichita Eagle”. A advogada da organização disse que a decisão foi “difícil” mas que eles avaliaram que “a melhor maneira de ajudar os elefantes neste momento não era nos tribunais, mas trabalhando para informar as pessoas sobre a vida que esses animais terão agora”.

 

Sea World anuncia fim de programa de reprodução de orcas em cativeiro

 

TÍTULO  SeaWorld Says It Will End Breeding of Killer Whales
AUTOR Sewell Chan
DATA 17 de março de 2016
LOCAL Estados Unidos
FONTE The New York Times
REPOSITÓRIO http://www.nytimes.com/2016/03/18/us/seaworld-breeding-killer-whales.html?emc=edit_tnt_20160318&nlid=68861687&tntemail0=y&_r=0
DESCRIÇÃO
Presidente e executivo-chefe do Sea World Parks and Entertainment, Joel Manby anuncia fim do programa de reprodução de orcas da empresa em cativeiro.
 
A decisão foi uma resposta, ainda que tardia, à degradação da imagem pública do Sea World nos últimos anos, após o lançamento de filmes e livros que denunciavam as condições de encarceramento dos animais. Dentre eles, destaca-se o documentário “Blackfish”, que acompanhou a trajetória da orca Tilikum, atualmente no SeaWorld da cidade de Orlando (ver trailer abaixo). Além disso, autoridades públicas já vinham se movimentando para tornar ilegal a reprodução de orcas em cativeiro. O anúncio, dessa forma, pode ser menos uma reposta à opinião pública e mais uma precaução contra medidas legais. 
 
Segundo o The New York Times, a empresa hoje detém 29 orcas: 11 em San Diego, 7 em Orlando, 5 em San Antonio e 6 em Loro Parque. 
 
As orcas do parque, no entanto, não serão reintroduzidas na natureza. Para o Sea World, os animais não teriam condições de sobreviver. 
Em artigo no “Los Angeles Times”, em que foi anunciada a decisão, Manby saudou a importância do SeaWorld que, segundo ele, tornou as orcas não temidas e odiadas, mas amadas, e educou o público sobre a espécie.

 

Contra tédio em zoo, pesquisadores ensinam orangotango a jogar videogame na Austrália

TÍTULO  Orangutans Learning To Play Xbox To Fight Boredom In Zoo
AUTOR Nina Golgowski
DATA 2 de março de 2016
LOCAL Melbourne, Austrália
FONTE The Huffington Post
REPOSITÓRIO http://www.huffingtonpost.com/entry/orangutans-play-video-games_us_56b23afce4b04f9b57d8111f
DESCRIÇÃO

Malu, orangotango de 12 anos do zoológico australiano de Melbourne (Zoos Victoria) é ensinado a jogar videogame Xbox por pesquisadores do Microsoft Research Centre for Social Natural User Interfaces, da Universidade de Melbourne.
Um dos objetivos dos pesquisadores é que os animais, no futuro, possam jogar com humanos, a saber, visitantes do zoológico.
De acordo com Sally Sherwen, identificada como especialista em bem-estar animal, os jogos também terão a função de combater o tédio dos animais encarcerados:

Being stuck inside of a man-made confine, where there are no predators, and food and habitat are provided, can understandably get quite boring.
“In a zoo environment, all of these challenges are overcome for them,” Sherwen said in the release. “So zoos need to find other ways to provide animals with mental challenges and puzzles.”

 

 



Banco Mundial dará US$ 20 milhões para reconstrução de zoo na Índia

TÍTULO World Bank embraces zoo in India! 
AUTOR desconhecido
DATA 19 de janeiro de 2016
LOCAL zoológico Indira Gandhi, em Visakhapatnam (Índia)
FONTE The Hindu
REPOSITÓRIO http://www.thehindu.com/todays-paper/tp-in-school/world-bank-embraces-zoo-in-india/article8121433.ece
DESCRIÇÃO

Banco Mundial dará ajuda financeira de US$ 20 milhões para reconstruir o zoológico Indira Gandhi, em Visakhapatnam, afetado pelo ciclone Hudhud em outubro de 2014. O valor faz parte de um pacote que totaliza US$ 370 milhões para o Andhra Pradesh Disaster Recovery Project.
Segundo Neha Vyas, especialista do Banco Mundial para assuntos relacionados ao meio-ambiente, é a primeira vez, na história, que o Banco Mundial está diretamente envolvido em um projeto relacionado a zoológicos.

 

 

Zoológico de Londres prevê novo recinto para leões asiáticos com hotel para visitantes

TÍTULO não se aplica
AUTOR não se aplica 
DATA  2016 (webpage, visita em 13 de março de 2016)
LOCAL   Zoological Society of London (zoológico de Londres)
FONTE  Zoological Society of London
REPOSITÓRIO

 https://www.zsl.org/zsl-london-zoo/gir-lion-lodge

https://www.zsl.org/zsl-london-zoo/exhibits/land-of-the-lions

DESCRIÇÃO

Zoológico de Londres prevê inaugurar no mês de março de 2016 um novo recinto para leões asiáticos com 2.500 metros quadrados. Segundo o site da ZSL, o tamanho é cinco vezes maior que o recinto anterior reservado aos animais.
Os visitantes também poderão ficar alojados em um hotel no local. Segundo o zoológico, isso possibilitará uma experiência ainda mais próxima dos animais. O preço mínimo é de 378 libras para duas pessoas por uma noite, podendo chegar a 558 libras. A decoração do local terá inspiração “indiana”:

Guests will bed down for the night in beautifully decorated lodges inspired by the welcoming charm of hotels in the lion’s native Gir Forest home in India.

Assim como todo o recinto dos leões. O zoológico diz que mimetizará também uma estação de trem indiana, um templo e uma cabana, “transportando os visitantes do coração de Londres para a vibrante Sasan Gir, Índia”. Sasan Gir é um parque nacional indiano. 

 

 

Recinto de elefantes no zoo de Zurique custou mais de R$ 200 milhões

TÍTULO

Swiss architects go wild over zoo design

Kaeng Krachan Elephant Park Shell

AUTOR

desconhecido

Emily Hooper

DATA

31 de dezembro 2015

27 de outubro 2015

LOCAL Suíça
FONTE

Swiss Info

Architect Magazine

REPOSITÓRIO

http://www.swissinfo.ch/eng/urban-habitats_swiss-architects-go-wild-over-zoo-design/41784290

http://www.architectmagazine.com/technology/detail/kaeng-krachan-elephant-park-shell_o

DESCRIÇÃO

Arquiteto contratado pelo zoológico de Zurique, na Suíça, conta brevemente como planejou o novo recinto para elefantes do parque, inaugurado em junho de 2014, em reportagem da Swiss Info. 
Markus Schietsch, cuja firma recebeu 57 milhões de francos suíços (aproximadamente R$ 207 milhões) para o projeto, planejou um espaço de 6.800 metros quadrados aos animais.
Outro arquiteto que ganhou um contrato milionário foi Roger Boltshauser, que projetará por 100 milhões de francos suíços um novo oceanário para o zoológico de Basel, a ser concluído em 2019. 

No discurso de ambos os arquitetos, existe a ânsia por replicar o ambiente natural e a preocupação em esconder os sinais de encarceramento do animal (grades etc.)

A reportagem em si é fraca de informações, não trazendo detalhes dos projetos mencionados.

Em outro artigo, dessa vez de revista especializada (Architect Magazine), menciona-se que o recinto dos elefantes no zoológico de Zurique abriga oito paquidermes do tipo asiático.

No texto, é mencionada a preocupação de evitar que os animais ensinem uns aos outros como desmontar o recinto:

“These elephants can push up to 6 tons with their head plates and pull up to 3 tons [from a standstill],” Heidemann says. “The sphincter muscle in their trunks can open screws. If something is loose, they will not only play with it, but they will also teach the others so groups of elephants will begin unscrewing their habitat.” As a result, the magnificent mammals have direct access only to the house’s northwest-facing, steel-reinforced concrete wall.

 

Dieses Wochenende finden die Thailandtage statt. Es erwartet Sie ein kunterbuntes Programm zur Heimat des Kaeng Krachan…

Publicado por Zoo Zürich em Terça, 2 de junho de 2015

ONG acusa fazenda de criação de lobos nos EUA de matar animais por pele

TÍTULO  Petting Zoo Accused Of Slaughtering Endangered Gray Wolves For Fur
AUTOR Hilary Hanson
DATA  12 de outubro de 2015
LOCAL fazenda Fur-Ever Wild (Lakeville, Minnesota, EUA)
FONTE Huffington Post
REPOSITÓRIO http://www.huffingtonpost.com/entry/petting-zoo-fur-ever-wild-wolves-fur_us_56687c8ce4b0f290e52199a2
DESCRIÇÃO ONG acusa fazenda de criação de animais nos EUA de matar lobos por pele.
Como os lobos cinzentos estão protegidos no país pelo Endangered Species Act, a ação constitui crime.
A denúncia foi feita pela Animal Legal Defense Fund e a fazenda em questão é a Fur-Ever Wild (cuja página no Facebook faz apologia à caça).
Segundo a reportagem, em 2012, a proprietária do Fur-Ever Wild admitiu que a fazenda tinha como principal fim o comércio de peles de animais, e que poderia matar lobos (ou seja, não esperar uma morte natural) “dependendo do mercado”. Mais tarde, ela voltou atrás em suas declarações.
Assim como acontece em fazendas de canned hunting na África do Sul, a Fur-Ever Wild permite que visitantes ninem filhotes de lobos nascidos ali.
A Fur-Ever Wild também cria outros animais, como raposas e linces, cuja morte para uso da pele é legal nos EUA. 

 

 

Cientistas questionam má reputação de “espécies invasoras”

TÍTULO  Invasive Species Aren’t Always Unwanted
AUTOR Erica Goode
DATA  29 de fevereiro 2016
LOCAL  não se aplica
FONTE  The New York Times
REPOSITÓRIO http://nyti.ms/1RB9zzy
DESCRIÇÃO

Cientistas questionam má reputação das chamadas espécies invasoras.

Segundo eles, o efeito negativo dessas espécies é exagerado, e elas inclusive podem trazer benefícios a outros ecossistemas.

Essa posição é apoiada por pesquisadores como Ken Thompson, professor aposentado da University of Sheffield (Reino Unido) e Mark Davis, professor da Faculdade Macalester (EUA).

“It’s almost a religious kind of belief, that things were put where they are by God and that that’s where they damn well ought to stay,” said Ken Thompson, an ecologist and retired senior lecturer at the University of Sheffield in England, who wrote the 2014 book “Where Do Camels Belong: Why Invasive Species Aren’t All Bad.”

A reportagem, também faz um interessante balanço histórico do conceito de “espécie invasora”. Segundo o texto, o termo “invasor” para se referir a animais e plantas (no lugar, por exemplo, de uma palavra mais neutra, como “exótica”) só foi utilizado pela primeira vez em 1958, no livro “The Ecology of Invasions by Animals and Plants”, de Charles Elton, carregando um vocabulário belicista próprio do pós Segunda Guerra Mundial.

O termo, no entanto, só atingiu popularidade nos anos 1990, quando o assunto passou a ser estudado com mais afinco por biólogos.

Versão editada da matéria também foi publicada em português pelo suplemento “The New York Times International Weekly”, na Folha de S.Paulo.

 

Barão de Drumond chama inspetor dos jardins públicos de SP para chefiar zoo carioca

TÍTULO Jardim do acclimação
AUTOR Ezequiel Freire
DATA 30 de julho de 1890
LOCAL Rio de Janeiro e São Paulo
FONTE  jornal “Correio Paulistano”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO Barão de Drumond, do zoo do Rio de Janeiro, chama Frederico de Albuquerque, inspetor dos jardins publicos de São Paulo, para assumir direção do zoo carioca e transformá-lo em um jardim de aclimação.
Segundo a nota, Albuquerque mantinha correspondência “assidua” com Geoffroi Saint-Hilaire [Geoffroy Saint-Hilaire], naturalista francês.

 

Correio Paulistano _ 30 julho 1890