Morre Bosco, elefante do zoológico do Rio de Janeiro que antes havia trabalhado na companhia circense Irmãos Carlo. Era conhecido por “trabalhar em cima das garrafas, tocas musica, etc.”
“Correio Paulistano” publica em duas ocasiões o relatório de 1891 da Companhia Jardim de Acclimação Zoologico e Botanico de S.Paulo, de Carlos Botelho. O texto menciona a compra de terrenos que possuem 476.178 metros quadrados e 61.273 metros quadrados —áreas previstas para serem utilizadas no jardim e também para revenda (arrecadação de fundos).
Além disso, lista seus acionistas, entre os quais está Francisco Ramos de Azevedo.
Reservamos dos terrenos da primeira compra, de conformidade com o art. 2 dos estatutos da Companhia, uma área que corresponde a 52.013 m.q. que, reunida a area da segunda compra, constituem o local destinado para o futuro Jardim de Aclimação.
(…) Para iniciar a acclimação de alguns animaes e dar um começo de vida ao Jardim, despendemos em cercos, revolvimento de terra, plantações de forragens, encommenda de gado bovino e lanigero, construção de um estabolo etc.
Carlos Botelho comunica à polícia que, após demitir dois funcionários do Jardim de Aclimação (os quais teriam pedido um aumento de salário), duas emas do parque foram mortas a tiros e punhaladas.
Correio Paulistano reproduz notícia publicada no Diario do Commercio (Rio de Janeiro), sobre a chegada de um “porco-carneiro”, a ser exposto ao público e depois oferecido ao zoológico da cidade.
A Prefeitura de Buenos Aires, capital da Argentina, anunciou no final de junho que pretende fechar o zoológico da cidade, inaugurado em 1875 e hoje administrado em regime de concessão por uma empresa privada —Jardín Zoológico de Buenos Aires S.A. O contrato venceria em 2017.
De acordo com o jornal “La Nación”, a decisão de reestatizar o zoo deveu-se, em parte, a uma razão prática: a concessionária não pagava o aluguel do espaço (de um milhão de pesos mensais, aproximadamente, ou R$ 220 mil), desde o início de 2016.
Zoológico de Buenos Aires em foto de 1890, aproximadamente. Fonte: Wikipedia/Archivo General de la Nación Argentina
Segundo o chefe de governo portenho, Horacio Rodríguez Larreta, os 1.500 animais do zoo serão transferidos para santuários e reservas naturais (como a Reserva Ecológica de Costanera Sur) ou ficarão no local, que será reformulado como um “Ecoparque Interactivo”. Tal ecoparque, diz a Prefeitura, funcionará como um centro de reabilitação para animais resgatados do tráfico ilegal.
“Em situações especiais poderemos trazer alguns animais, como os que estejam em reabilitação, em transição. Mas não nessa situação de cativeiro, que, para nós, é degradante. A essa altura, o zoo não transmite às crianças os valores que queremos transmitir”, disse Rodríguez Larreta.
Porém, não está claro qual será o passo a passo das mudanças. Um dos pontos que não foram esclarecidos, por exemplo, é se o local continuará a exibir animais. Sabe-se, por hora, que o zoológico não fechará suas portas imediatamente e permanecerá aberto durante os meses de férias escolares. No entanto, diz o “La Nación”, o programa de reprodução e o ingresso de novos animais exóticos no zoo já foram suspensos. O site da prefeitura de Buenos Aires diz ainda que todos os animais que hoje vivem no zoológico e que estejam em boas condições de saúde deverão ser transferidos. Os que permanecerem, serão os da “última geração”.
Ao mencionar que deverá ser aberto um concurso internacional para a reformulação do espaço do zoo, Rodríguez Larreta afirmou que o local ainda deverá cumprir as funções de educação e de entretenimento.
O zoológico de Buenos Aires ficou conhecido pelas polêmicas em torno do bem-estar de seus animais, como no caso da orangutango Sandra, que teve seus direitos reconhecidos pela Justiça como “pessoa não humana” em 2015, abrindo caminho para um “habeas corpus” que a tirasse de exibição. Já foi dito, no entanto, que a primata provavelmente não será transferida devido ao seu frágil estado de saúde.