Notícia anuncia vinda de circo para São Paulo de propriedade de Anthony Lowande (representado no Brasil por Francisco Peyres), com 120 funcionários e 180 animais “amestrados” e “raros”.
O circo ficaria instalado na Varzea do Carmo, ao lado da Estação da Cantareira.
Segundo a notícia, o circo chega à capital após uma temporada de três meses de Buenos Aires, onde seus espetáculos foram vistos por cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Entre as “novidades” está a pirâmide de animais (feita numa jaula de 15 metros), por elefantes, leões, tigres, ursos, panteras, cabras e cachorros alemães (“todos eles trabalhando em comum sob as ordens do respectivo domador”).
Vale notar como não existe distinção na notícia dos termos zoológico e circo. A presença de animais parece transformar automaticamente o circo em um zoológico.
O nome de Francisco Peyres aparece nas buscas como um empresário brasileiro ligado a espetáculos públicos. Em 1921, por exemplo, ele tentou derrubar a legislação que proibia touradas na cidade, sem sucesso.
Já Anthony [ou Tony] Lowande (ao que tudo indica, filho de Martinho Lowande, brasileiro), era um artista de circo especializado na monta de cavalos.
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