Mês: janeiro 2021

Câmara de SP aprova que terrenos no Jaraguá possam ser comprados para zoo

 

TÍTULO Ordem do Dia
AUTOR Desconhecido
DATA 4 de novembro de 1926
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
Câmara Municipal de São Paulo aprova emenda que autorizava o prefeito a criar um jardim zoológico municipal e a adquirir a “necessária área de terrenos no sítio Jaraguá, mediante avaliação prévia e “ad referendum” da Câmara ou mediante permuta, também com avaliação, por terrenos municipais”
 
Vemos aqui que teve frutos o forte movimento de Franco da Rocha para que o zoo municipal fosse construído no Jaraguá.

Estadão elogia aprovação de projeto para construção de zoo em São Paulo

 

TÍTULO O Jardim Zoologico
AUTOR Desconhecido
DATA 3 de setembro de 1926
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO Jornal elogia a aprovação do projeto de lei que autoriza a criação de um zoo na cidade e diz que tal iniciativa poderá tirar da cidade a situação “desenxabida”/insossa em que se encontra, se comparada a outras cidades. Também concorda com a proposta de que o zoo seja montado no Jaraguá.

Botânico defende construção de zoológico de São Paulo no Jaraguá

 

TÍTULO Ainda o morro do Jaraguá é o projectado jardim zoologico para São Paulo
AUTOR Francisco Carlos Hoehne
DATA 11 de setembro de 1926
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO

Artigo assinado pelo botânico Frederico Carlos Hoehne defende a construção de um zoo municipal no Jaraguá. Segundo ele, o zoológico também seria necessário para que São Paulo não ficasse com a pecha de atrasada:

“Montevideu tem a Villa Dolores, Buenos Aires o seu Jardim Zoológico. O Brasil, esse nosso amado Brasil, que é que tem? Um simulacro de jardim de animais no Rio de Janeiro, que mais serve para nos envergonhar e que só tem servido para fomentar vícios. Nós precisamos sair desse marasmo, desta indiferença, precisamos atender o que o povo reclama, precisamos procurar equipar-nos pleo menos a estas duas republicas vizinhas, se não desejamos passar pelo desgosto de sermos classificados de atrasados e incultos. Quem melhor do que o Estado de São Paulo, pode, no Brasil, dar um o exemplo para tanto? São Paulo, o Estado pioneiro, o vanguarda e ‘leader’ do progresso do nosso país, deve tratar de fundar um grandioso jardim zoológico, um belo parque botânico e museus correspondentes, que estejam na altura de seu progresso, que correspondam em toda a linha ao seu desenvolvimento material e intelectual”.

Para Hoehne, os zoos atraem mais do que qualquer outra atração os estrangeiros que visitam o país (por apresentar a “natureza primitiva”) e também os conterrâneos, por ser um espaço de recreamento e instrução.

Mais do que isso, para o botânico, o contato com a natureza é que dá aos homens os sentimentos de beleza e pureza. Assim, como não é possível ter contato com animais selvagens, o zoológico também serve a essa finalidade.

Franco da Rocha volta a defender construção de zoo em São Paulo

 

TÍTULO Jardim Zoológico
AUTOR Franco da Rocha
DATA 4 de agosto de 1926
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO

Coluna de Franco da Rocha volta a defender a construção de um zoo na cidade de São Paulo.

Ele menciona a construção de uma coleção particular, de Manuel de Almeida, em Santo Amaro, que é visitada pelo público, mas não pode ser ainda considerada um jardim zoológico. 

Franco da Rocha recorre, nesta coluna, ao argumento de que um zoo serviria além do divertimento, contribuindo forçosamente para o “aparelhamento da instrução pública”, estimulando o estudo das ciências naturais e pesquisas de alto nível.

O Jaraguá seria o local ideal para tal parque, segundo Franco da Rocha, por ser um local de fácil acesso (a vinte minutos de trem da estação da Luz), com água e bosques.

Vereador de São Paulo propõe projeto para construção de zoológico

 

TÍTULO Camara Municipal
AUTOR Desconhecido
DATA 15 de agosto de 1926
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO

Vereador da Câmara de SP, Innocêncio Seraphico, inspirado em artigo de Franco da Rocha, propõe projeto que autoriza a criação de um zoo municipal em São Paulo pelo prefeito

Propõe que a comissão administrativa para a construção do zoo seja composta por: Franco da Rocha, Carlos Botelho (a quem pertenceu o jardim da Aclimação até 1939)Sérgio Meira Filho (médico), Rodolpho Ihering (zoólogo e biólogo) , Manuel de Almeida (proprietário de zoo amador) e Américo de Barros.

No dia 22 de agosto, o projeto foi aprovado.

Empresário Carlos Joppert aluga área no Parque Antarctica para construção de zoo em São Paulo

TÍTULOJardim Zoologico
AUTORDesconhecido
DATA19 de março de 1926
LOCALSão Paulo
FONTEO Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃOEmpresário Carlos Joppert aluga por 10 anos área no Parque Antártica para a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. Não foram encontradas outras referências sobre a empreitada, o que leva a crer que ela não foi bem-sucedida.

Colunista do Estadão apoia construção de zoo defendida por Franco da Rocha

TÍTULO Coisas da Cidade – Jardim Zoologico
AUTOR Plínio Barreto
DATA 2 de abril de 1924
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Poucos dias após a publicação de uma coluna de Franco da Rocha, em que o médico defendia a construção de um jardim zoológico na cidade de São Paulo, o colunista Plínio Barreto retoma o assunto no Estadão.

Além de comentar sobre a grande quantidade de cartas que o jornal recebeu apoiando a ideia expressa pelo psiquiatra, traz ainda mais argumentos para a presença de um zoo na cidade: a criação de um espaço verde, quase uma “mata”, ou seja, não local  de “muito gramado e poucas árvores”, mas “um verdadeiro bosque”, em uma cidade que, em constante urbanização, perde seus espaços para lotes de construção.

E volta ao argumento dos animais em vias de extinção no Brasil.

Como o jornal observa interesse popular pelo tema, diz que irá publicar, em pequenas notas, informações sobre zoológicos de outros países.

Sobre esse tema, é escrita uma nota sobre o Zoológico da Antuérpia no dia 3 de abril. (Neste ano, porém, não foram encontradas mais notas sobre o tema no acervo do jornal)

Médico psiquiatra Franco da Rocha defende construção de zoo em São Paulo

TÍTULO Jardim Zoologico
AUTOR Franco da Rocha
DATA 14 de março de 1924
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Texto de duas colunas no canto superior esquerdo da página, portanto, lugar de destaque, defendendo a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. É assinado por Franco da Rocha, médico psiquiatra.

A falta de um jardim zoológico se dá, segundo o texto, na medida em que “não sobram” na cidade lugares de “diversões inocentes” e de “passatempo instrutivo”.

Entre os argumentos a favor da construção, está a crença de que haveria particulares interessados na construção e um público disposto a pagar ingresso para a manutenção do espaço. Além disso, para Franco da Rocha, a fauna do país está sendo destruída por caçadores e pelo Estado (que tentam combater o problema apenas criando leis que não são cumpridas). Em  outra coluna, Franco da Rocha já criticava o desmatamento de áreas da cidade e clamava pela criação de uma sociedade/um grupo que defendesse a conservação das florestas. A construção de um zoo cumpriria a necessidade de reunir as espécies que em breve deveriam entrar em extinção no país, portanto.

Entre os argumentos contra (que, na opinião do texto, é contornável) está a “maldita praga” do jogo do bicho.

Franco da Rocha fala da humilhação: “Não deixa de ser um pouquinho humilhante a ausência de um Jardim Zoológica na terra dos bandeirantes – no Estado em cujo estandarte se inscreveu o lema heráldico: “Non ducor, duco” [“Não Sou Conduzido, Conduzo”].

Um zoológico em SP deveria ser, segundo a coluna, feito talvez sem o uso de grades (que enferrujam, enfeiando o espaço e colocando os visitantes em risco), como acontece no Rio de Janeiro –experiência essa que parece ter tido lugar em Sidney: “Os modernos Jardins Zoológicos guardam suas feras em áreas fechadas por fossos de feitios especial, bem estudado, que os animais não podem em caso algum saltar e transpor, de modo que essas prisões disfarçadas dão ao visitante a impressão de que os animais estão soltos, como vivem no seu habitat natural”

Importante notar que o autor usa o termo “prisão” para se referir à condição animal no zoo e deixa claro que o animal não se sente livre em ambientes que simulam o habitat natural dos animais, mas, sim, que os visitante têm essa impressão. 

Animais ficam em segundo plano em propaganda do Jardim de Aclimação

TÍTULO Jardim da Acclimação e Zoológico de S.Paulo
AUTOR Desconhecido / Propaganda
DATA 12 de setembro de 1925
LOCAL São Paulo
FONTE O Combate
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO Em propaganda do Jardim de Acclimação, os animais aparecem em segundo plano frente a outras diversões, como tiro ao alvo, balanços, passeios em barcos e campos de futebol.