Categoria: Banco de Dados

Coleção de notícias sobre zoológicos e direitos animais, no Brasil e no mundo

Leão foge de zoológico de Porto Alegre, leva tiro de raspão e é recapturado a laço

 

TÍTULO Leão em Liberdade
AUTOR Desconhecido
DATA 24 de março de 1919
LOCAL Porto Alegre
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Leão africano foge de jaula em zoológico de Porto Alegre e depois é recapturado a laço. Apesar de o jornal reportar a tranquilidade do animal, o leão levou um tiro de raspão de um particular que ficou assustado.

“Com um rapido movimento, o leão abriu-as [as portas], pondo-se em liberdade. Logo que se achou no parque do Jardim, a fera sahiu a caminhar lentamente pelos passeios.”

 

Jacaré do zoológico do Rio de Janeiro bota 20 ovos

 

TÍTULO Jardim Zoologico
AUTOR Desconhecido
DATA 24 de fevereiro de 1919
LOCAL Rio de Janeiro
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

“Uma femea de Jacaré, na sexta-feira, às 15 horas e 40 minutos, surprehendeu os visitantes e o pessoal do Jardim Zoologico do Rio, com uma postura de 20 ovos; tudo isso realisado no espaço de 40 minuts.

Estes 20 ovos, regulando o tamanho de um ovo commum de gallinha, de formato mais ligeramente alongado, de cor branca com tonalidade azulada, poderão ser apreciados pelo público, durante uns cinco a seis dias, depois serão aproveitados na incubadora, que consiste em um caixão cheio de vegetaes cuja fermentação produz o calor necessário para a germinação dos jacarézinhos.

Ha precisamente 10 annos, neste Jardim Zoologico, foi conseguida a producção de 16 jacarés pelo processo acima referido; isso destroe a lenda de que a jacaré choca os ovos com os olhos.”

 

Leitor denuncia maus-tratos a animais no Bosque da Saúde

 

TÍTULO Queixas e Reclamações
AUTOR Desconhecido
DATA 26 de março de 1918
LOCAL Bosque da Saúde, São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Carta do leitor na seção “Queixas e Reclamações” denuncia as péssimas condições do jardim zoológico do Bosque da Saúde, com animais passando fome e em situação de penúria: “Quanta miséria se vê ali, diz o missivista, com referencia aos pobres animaes! Mortos de fome, pessimamente alojados, e nas gaiolas uma agua transformada em outro liquido, verde e viscoso, que até não tem classificação.”

Chimpanzé definha “por amor” após morte de companheiro

 

TÍTULO A Que Morreu de Amor
AUTOR Ilegível
DATA 4 de setembro de 1917
LOCAL Desconhecido
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Crônica de autoria desconhecida, já que a assinatura está ilegível.

O texto conta a história de um homem que, percebendo a tristeza do seu chimpanzé de estimação (“que vivia em uma sociedade que não era sua e falava uma língua estrangeira”), resolveu adquirir uma chimpanzé fêmea para lhe fazer companhia (“como o Senhor criou Eva para distrair Adão”). Após três meses de felicidade (“conquanto improductiva”), o chimpanzé morre de pneumonia, sendo seguido, duas horas depois, por sua companheira, que sucumbe aparentemente de desgosto.

A partir desse ponto, o autor começa a discutir se comportamento semelhante poderia ser observado entre seres humanos.

Para aquele que escreve, a demonstração de sensibilidade é mais exacerbada em classes inferiores seguida por raças inferiores e animais, como em uma linha evolutiva. No entanto, a demonstração da sensibilidade não pode ser confundida com a presença de mais ou menos sensibilidade, mas sim do controle de sua expressão:

“As manifestações de sensibilidade são mais demonstrativas nas classes inferiores e menos educadas, e essa demonstratividade cresce nas raças inferiores e finalmente nos animaies; o que não quer dizer que a sensibilidade real seja em proporção com a energia das manifestações. Uma camponesa faz alarido quando o filho parte para sentar praça na mais octaviana daspazes. Quando sucesso uma desgraça numa casa de gente humilde, as vizinhas todas fazem alarido individual e coletivo. Nada disto denota sensibilidade. É apenas falta de educação. A educação consiste em dominar os momentos reflexos, e é nos casos extremos substituída pela policia e pelas posturas municipais.”

O autor procura médicos para perguntar sobre a possibilidade de uma mulher morrer de tristeza pela morte de seu marido, como ocorreu com a chimpanzé. Porém, eles desconhecem casos semelhantes em humanos.

O autor então conclui dizendo que aquele era um caso legítimo de morte por amor e que, talvez, isso se dê também ao fato de que maridos chimpanzés tratam melhor suas esposas que os humanos, inspirando assim, maior paixão.

O último parágrafo, que conclui o texto, não é possível ler.

 

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Circo Foureaux Manetti faz exposição zoológica na Rangel Pestana

 

TÍTULO Exposição Zoologica
AUTOR Desconhecido/Propaganda
DATA 8 de setembro de 1917
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S. Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Propaganda de exposição zoológica ligada ao circo de Foureaux Manetti na avenida Rangel Pestana.

Erico Veríssimo faz menção a este circo por, diferentemente dos “circos de cavalinhos” habituais, trazerem animais selvagens como atrações, como elefantes, tigres e hienas.

O circo Foureaux Manetti, ao que tudo indica, tinha esse nome pela junção dos nomes de seus proprietários:

Foureaux and Manetti. Lady and gentlemen riders.

 

 

 

Macacos do zoológico do Rio de Janeiro sofrem insolação com altas temperaturas

 

TÍTULO Os Macacos Insolados
Os animaes são também atacados de insolação
AUTOR Desconhecido
DATA 3 de fevereiro de 1917
LOCAL Rio de Janeiro, RJ
FONTE Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional [matéria do Correio Paulistano]

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Estadão, em uma página com inúmeras retrancas sobre o calor excepcional pelo qual passava o Rio de Janeiro, noticia que a macaca Lúcia havia sofrido insolação no zoológico.

Notícia também foi dada pelo Correio Paulistano, que registrou: “Todos os animaes começaram a gritar. Os empregados suppozeram que se tratava das suas habituaes momices, mas verificou-se depois que era resultado da insolação de que foram atacado. Foi chamado o professor verterinario que os poz fóra de perigo.”

 

O Estado de S.Paulo

 

Correio Paulistano

 

 

 

Carnaval Zoologico no Bosque da Saúde traz animais fantasiados

 

TÍTULO Carnaval Zoologico
AUTOR Desconhecido / Publicidade
DATA 11 de fevereiro de 1917
LOCAL São Paulo
FONTE Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Propaganda de “Carnaval Zoológico” em que animais fantasiados participariam de parada com banda no Bosque da Saúde. Evento não parece  inédito, já que é classificado como a “tradicional passeata dos bichos phantasiados”.

Entre as atrações estão os macacos Gregório (que viria montado a cavalo), Sultão, Dalila, Plibio, Plobo, Chiquinho, Merina, além de gansos, cães, jaburus, quatis, cabras e cavalos.

 
 
 

Estadão reproduz listagem dos animais sob a posse do Jardim Zoológico do Rio em 1916

 

TÍTULO  O Jardim Zoologico do Rio: Augmento das colleccões do jardim zoológico do Rio – a relação dos novos animaes
AUTOR  Desconhecido
DATA  4 de dezembro de 1916
LOCAL  Rio de Janeiro
FONTE  “O Estado de S.Paulo”
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO  “O Estado de S.Paulo” reproduz relação informada pelo “Jornal do Commercio” com animais sob a posse do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, incluindo chimpanzés Lulú II e Lucia, que seriam “os predilectos das crianças e mesmo dos adultos que frequentam o Jardim”. 
 
 

Arrendatário do Bosque da Saúde leva jornalistas para conhecer parque em que planeja construção de zoo

 

TÍTULO  Bosque da Saúde
AUTOR  Desconhecido
DATA 23 de outubro de 1916 
LOCAL  São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 Breve nota reportando que Miguel Antonio Bruno, arrendatário e do Bosque da Saúde, convidou jornalistas do “Correio Paulistano, “Diario Popular”, “Platéa”, “Gazeta”, “Diario Allemão”, “Capital”, “Combate, “Nação”, “Fanfulla”, “Correio da Semana”, “Commercio de S.Paulo” ao parque onde planeja construir um Jardim Zoológico, “possuindo já uma grande quantidade de animaes raros”.

 
 
 
 

Artigo analisa mortes em zoológico do Reino Unido de 1851 a 1860

 

TÍTULO On the causes of death of many of the animals at the Zoological Gardens, Regent’s Park, from 1851 to February 1860
AUTOR  Edwards Crisp 
DATA  24 de abril de 1860
LOCAL  Chelsea, Reino Unido
FONTE  https://archive.org/details/b22286470
REPOSITÓRIO Archive.org
DESCRIÇÃO

Publicação escrita por Edwards Crisp faz levantamento e análise das mortes no Jardim Zoológico de Regent’s Park, no Reino Unido, de 1851 a 1860. Trata-se de uma reimpressão de artigo publicado no “Proceedings of the Zoological Society of London”.

A pesquisa foi feita ao se acompanhar a dissecação de animais no parque em questão. Segundo o autor, só é possível entender a natureza das doenças no homem, e consequentemente tratá-las apropriadamente, ao investigá-las antes nas plantas e nos animais inferiores.

Muitas das mortes relatadas estão relacionadas ao frio: pneumonia, tuberculose e diarreia.