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Grande Circo Zoológico Europeu chega a São Paulo e se apresenta no Largo da Concórdia

Três entradas foram reunidas por se tratarem de um mesmo tema

 

TÍTULO  Grande Circo Zoologico Europeu
AUTOR Propaganda 
DATA 14 de março de 1895 
LOCAL  São Paulo [Largo da Concórdia, no Brás], São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

 

DESCRIÇÃO

Propaganda do Grande Circo Zoologico Europeu, sob direção de Affonso Spinelli, destaca a presença de “linda collecção de animaes ferozes”, entre os quais “um enorme leão, uma onça, um urso, seis cachorros amestrados, seis cavallos e um cavallo asiatico, verdadeira novidade por não ter pello”.
Ou seja, dá-se ênfase à ferocidade dos animais, assim como seu caráter curioso (para o caso de animais domésticos como cavalos e cachorros).

Adiante, também é dado destaque a “instrumentos [musicais] differentes e exquisitos” de outras nacionalidades. 

 

 

TÍTULO Circo Zoologico Europeu
AUTOR Desconhecido
DATA 22 de março 1895
LOCAL  São Paulo [Largo da Concórdia, no Brás], São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 

Jornal classifica Grande Circo Zoologico Europeu como “companhia de cavallinhos” e indica espetáculo ao público. No entanto, o maior elogio não é à apresentação de animais, mas ao espetáculo musical dos três bemóis. 

 

 

TÍTULO Circo Zoologico
AUTOR Desconhecido
DATA 14 de março 1895
LOCAL  São Paulo [Largo da Concórdia, no Brás], São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Sem mencionar o nome do circo, jornal faz breve nota sobre a “companhia equestra e gymnastica” presente no Largo da Concórdia, com “uma boa colleção de animaes ferozes”.

SP deveria rezar missa por não ter zoo nem jogo do bicho, defende Coelho Neto

 

TÍTULO Mala do Rio [nota presente na coluna] 
AUTOR

Coelho Neto

DATA  25 de março de 1895
LOCAL Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 
FONTE Correio Paulistano 
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

 

DESCRIÇÃO

Coluna de opinião discorre sobre os efeitos causados na cidade do Rio de Janeiro pelo jogo do bicho, quase todos da ordem de desequilíbrio na dinâmica entre as classes sociais.

Além disso, menciona-se o “barão” sem expor o seu nome. 

Abaixo, grifos meus:

 

“São Paulo não tem um jardim zoológico… é caso para os paulistas mandarem rezar missas em ação de graças, porque podem contar com os criados e com os gêneros para o almoço. Nós, fluminenses, andamos pagando culpas e poules.

O nosso cozinheiro, preocupado com a bicharia, queima o assado, salga a sopa e, em vez de deitar cebolas no guizado, deita-lhe talas de canella e cravo do Ceylão levando a cebola para a baba de moça e tudo isso por causa do gallo ou da cobra.

A lavadeira troca-nos as camizas, obriga-nos a usar collarinhos hirtos (…), as vezes por um simples sonho que a traz preocupada – o elefante, o marreco ou outro bicho qualquer. E há conflitos nos bondes por causa do coelho, cabeças quebradas por causa do urso, arranhaduras por causa do gato.

Vivemos como no tempo em que os animais dominavam e o barão [de Drumond] empanturra-se de dinheiro e o vício cresce escandalosamente porque até feiticeiros andam a rezar a Santo Onofre para que o santos lhes diga, em segredo, qual é o bicho que dá.

A polícia descobriu uma casa de tolerância onde adeptos faziam preces, seduzindo fetiches para que lhes desses bons palpites – os taes fetoches, ao que parece, melindrados pro serem confundidos com tavolageiros guiaram um delegado à capela dos crentes e o trunfo saiu às avessas à pobre gente. Até senhoras conspícuas atiram-se aos bichos, mães de família exemplares, avós veneradas, tias solteironas jogam todas com fúria, esgotando os mealheiros e fazendo minguar o almoço para que sobre um carneiro para o burro.

É uma febre de animalidade que apavora. E as autoridades, impassíveis, deixam correr o jogo à revelia para que o povo não morra de tédio nesta boa terra de tristeza e de sol”

 

Membros do Conselho Municipal do RJ criticam imoralidade do jogo do bicho e apresentam projeto contra iniciativa

As notas foram reunidas em uma mesma entrada por se tratar dos desdobramentos de um mesmo assunto. 

 

TÍTULO  Telegrammas [nota da coluna]
AUTOR  Desconhecido
DATA 28 de março de 1895 
LOCAL  Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

 

DESCRIÇÃO  “Os senhores Julio do Carmo e Sá Freire, do Conselho Municipal [do Rio de Janeiro], atacaram hoje o jogo dos bichos do Jardim Zoologico. Sá Freire vai neste sentido apresentar um projeto de repressão contra similhante immoralidade.”

 

 

TÍTULO  Capital Federal [nota da coluna]
AUTOR  Desconhecido
DATA 31 de março de 1895
LOCAL  Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO É apresentado ao Conselho Municipal do Rio de Janeiro um projeto prevendo a rescisão do contrato que permitiu o jogo do bicho no zoológico do Barão de Drumond.