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Nova Zelândia planeja exterminar espécies invasoras até 2050

A Nova Zelândia anunciou no dia 25 de julho que pretende eliminar todas as espécies invasoras que hoje vivem no país até 2050. Ratos, gambás e furões são os maiores alvos da iniciativa, que visa a preservação das espécies nativas neozelandesas e o fim dos vetores de algumas doenças na pecuária. 

O plano foi apresentado em comunicado do primeiro-ministro John Key. Ele argumentou que espécies invasoras matam até 25 milhões de pássaros nativos todos os anos na Nova Zelândia.

O extermínio de animais será feito por meio de uma joint venture chamada Predator Free New Zeland, que receberá fundos do governo e de investidores privados. A Nova Zelândia já gasta cerca de US$ 50 milhões de anos com pesticidas e armadilhas para este mesmo fim.

Gambá e rato atacam ninho na Nova Zelândia

Gambá e rato atacam ninho na Nova Zelândia. Imagem retirada do site http://www.doc.govt.nz/nature/pests-and-threats/animal-pests/animal-pests-a-z/possums/

A revista “Wired” lembrou, com bom humor, que a maior espécie invasiva da Nova Zelândia são os seres humanos. Eles, naturalmente, serão poupados.

A iniciativa provavelmente encontrará resistência de alguns moradores. Primeiro, porque muitas das formas de extermínio (como o uso de venenos) também atingem espécies nativas; segundo, pois muitos animais invasores contam com a simpatia das pessoas.

Os gatos ferais, por exemplo, respondem por grande parte das mortes de animais nativos, mas seu extermínio costuma ser malvisto. O governo já disse que gatos domésticos, desde que fiquem dentro de casa e só passeiem de coleira, serão poupados.

Abaixo, o comunicado publicado pelo governo neozelandês na íntegra:

New Zealand to be Predator Free by 2050

Prime Minister John Key has today announced the Government has adopted the goal of New Zealand becoming Predator Free by 2050.

“While once the greatest threat to our native wildlife was poaching and deforestation it is now introduced predators,” Mr Key says.

“Rats, possums and stoats kill 25 million of our native birds every year, and prey on other native species such as lizards and, along with the rest of our environment, we must do more to protect them.”

Mr Key says these introduced pests also threaten our economy and primary sector, with their total economic cost estimated at around $3.3 billion a year.

“That’s why we have adopted this goal. Our ambition is that by 2050 every single part of New Zealand will be completely free of rats, stoats and possums.

“This is the most ambitious conservation project attempted anywhere in the world, but we believe if we all work together as a country we can achieve it.”

The Government will lead the effort, by investing an initial $28 million in a new joint venture company called Predator Free New Zealand Limited to drive the programme alongside the private sector.

This funding is on top of the $60 to $80 million already invested in pest control by the government every year and the millions more contributed by local government and the private sector.

Predator Free New Zealand Limited will be responsible for identifying large, high value predator control projects and attracting co-investors to boost their scale and success.

The Government will look to provide funding on a one for two basis – that is for every $2 that local councils and the private sector put in, the Government will contribute another dollar.

“This ambitious project is the latest step in the National-led Government’s commitment to protecting our environment.

“We are committed to its sustainable management and our track record speaks for itself.

“This includes the decision to establish the world’s largest fully protected ocean sanctuary in the Kermadecs, better protection in our territorial sea and our efforts to improve the quality of our fresh waterways.

“We know the goal we have announced today is ambitious but we are ambitious for New Zealand.

“And we know we can do it because we have shown time and again what can be achieved when New Zealanders come together with the ambition, willpower and wherewithal to make things happen.”

 

TÍTULO  New Zealand Vows to Wipe Out Rats and Other Invasive Predators by 2050
AUTOR  Austin Ramzy
DATA  25 de julho
LOCAL  Nova Zelândia
FONTE  The New York Times
REPOSITÓRIO http://www.nytimes.com/2016/07/26/world/australia/new-zealand-animal-predators.html

 

Crise na Venezuela afeta animais domésticos e de zoos

A crise econômica e a escassez de produtos básicos que atingem a Venezuela há pelo menos três anos já afetam os animais dos zoológicos do país.  Segundo a “National Geographic”, nos últimos seis meses, cerca de 50 animais do zoológico de Caricuao morreram de inanição, alguns após ficarem mais de duas semanas sem comer. A situação se repete em outros zoos, também…

Após morte de Arturo, o urso polar mais triste do mundo, aquário da China disputa ‘rótulo’

Após passar 30 anos em cativeiro, Arturo, o urso polar do zoológico de Mendoza que ficou conhecido como “o urso polar mais triste do mundo,” morreu no último dia 3 de julho de “complicações relacionadas à idade”.

Arturo chegou à Mendoza aos oito anos de idade, depois de ficar em exposição em Buenos Aires. Ele havia nascido em 1985 em um zoo do Estado de Colorado (EUA).

Diversas petições nos últimos anos pediam a transferência de Arturo para outros zoológicos com melhor infraestrutura ou um santuário de animais.

Arturo sofria tanto de solidão, desde que sua parceira Pelusa morreu em 2012, quanto de calor. Em Mendoza, a temperatura chega a 40 graus Celsius no verão.

Segundo o jornal “La Nación”, cerca de 80 animais morreram no zoológico de Mendoza somente no primeiro semestre deste ano. A causa da maioria das mortes não foi solucionada, e suspeita-se de envenenamento.

 

Recentemente, no entanto, outro urso polar chamou a atenção de ativistas dos direitos animais. Trata-se de um animal que está sob a guarda do Grandview Aquarium, que foi inaugurado em janeiro de 2016 e está localizado dentro de um shopping center da cidade chinesa de Guanzhou.

Segundo reportagens do “The Washington Post” e do “Huffington Post”, além do urso, lobos, belugas e outros são mantidos ali em pequenos recintos de vidro sem nenhum tipo de enriquecimento ambiental, de forma que possam ser fotografados pelos visitantes.

A situação vem sendo denunciada há meses pela Animal Asia, de Hong Kong. Segundo a ONG, após reunião com os administradores do Grandview Aquarium, o urso passará a receber algumas pilhas de neve e será elaborado um plano de enriquecimento ambiental. 

Uma petição que pede pelo fechamento do Grandview já coletou mais de 220 mil assinaturas.
Em entrevista à imprensa chinesa, o diretor do aquário, Li Chengtang, disse em janeiro que o local dispunha de espaço suficiente para os animais e que seu objetivo era “popularizar a ciência” e conservar a vida marinha.

 

 

Felizmente, alguns locais demonstram maior lucidez no manejo dos animais sob sua guarda. 

Também em junho, o zoológico de Indianapolis (EUA) anunciou a transferência de Tundra, urso polar fêmea de 29 anos que vive no local desde 1988, para o zoo do Detroit.

A decisão, segundo a instituição, foi tomada após a diretoria perceber que Tundra merecia melhores condições de confinamento (como ela já tem idade avançada, sua reintrodução na natureza não é viável).

O zoo de Detroit, segundo comunicado do zoo de Indianapolis, poderá oferecer a Tundra mais espaço e piscinas que facilitarão sua entrada e saída da água, o que a ajudará conforme o avançar da idade. Abaixo, vídeo mostra Tundra no novo recinto e com seus novos companheiros.  

 

Entenda o que muda com o fechamento do zoo de Buenos Aires

A Prefeitura de Buenos Aires, capital da Argentina, anunciou no final de junho que pretende fechar o zoológico da cidade, inaugurado em 1875 e hoje administrado em regime de concessão por uma empresa privada —Jardín Zoológico de Buenos Aires S.A. O contrato venceria em 2017.

De acordo com o jornal “La Nación”, a decisão de reestatizar o zoo deveu-se, em parte, a uma razão prática: a concessionária não pagava o aluguel do espaço (de um milhão de pesos mensais, aproximadamente, ou R$ 220 mil), desde o início de 2016. 

 

Zoológico de Buenos Aires em foto de 1890, aproximadamente

Zoológico de Buenos Aires em foto de 1890, aproximadamente. Fonte: Wikipedia/Archivo General de la Nación Argentina

 

Segundo o chefe de governo portenho, Horacio Rodríguez Larreta, os 1.500 animais do zoo serão transferidos para santuários e reservas naturais (como a Reserva Ecológica de Costanera Sur) ou ficarão no local, que será reformulado como um “Ecoparque Interactivo”. Tal ecoparque, diz a Prefeitura, funcionará como um centro de reabilitação para animais resgatados do tráfico ilegal. 

“Em situações especiais poderemos trazer alguns animais, como os que estejam em reabilitação, em transição. Mas não nessa situação de cativeiro, que, para nós, é degradante. A essa altura, o zoo não transmite às crianças os valores que queremos transmitir”, disse Rodríguez Larreta. 

Porém, não está claro qual será o passo a passo das mudanças. Um dos pontos que não foram esclarecidos, por exemplo, é se o local continuará a exibir animais.  Sabe-se, por hora, que o zoológico não fechará suas portas imediatamente e permanecerá aberto durante os meses de férias escolares. No entanto, diz o “La Nación”, o programa de reprodução e o ingresso de novos animais exóticos no zoo já foram suspensos. O site da prefeitura de Buenos Aires diz ainda que todos os animais que hoje vivem no zoológico e que estejam em boas condições de saúde deverão ser transferidos. Os que permanecerem, serão os da “última geração”.

Ao mencionar que deverá ser aberto um concurso internacional para a reformulação do espaço do zoo, Rodríguez Larreta afirmou que o local ainda deverá cumprir as funções de educação e de entretenimento. 

O zoológico de Buenos Aires ficou conhecido pelas polêmicas em torno do bem-estar de seus animais, como no caso da orangutango Sandra, que teve seus direitos reconhecidos pela Justiça como “pessoa não humana” em 2015, abrindo caminho para um “habeas corpus” que a tirasse de exibição. Já foi dito, no entanto, que a primata provavelmente não será transferida devido ao seu frágil estado de saúde.

O gorila e os leões

Foram dois casos em menos de uma semana.  No zoológico de Santiago (Chile), um jovem de 20 anos entrou nu na jaula dos leões em uma aparente tentativa de suicídio. Após investir contra os animais, foi atacado, e a administração decidiu abater dois dos felinos. Um tinha nascido no próprio zoo. O outro havia sido resgatado de um circo itinerante. …

Diretor de zoo canadense renuncia após vídeo mostrá-lo chicoteando tigre

 

TÍTULO  Zoo Owner Whose Tiger Was in ‘Life of Pi’ Charged With Animal Cruelty
AUTOR  TIM STELLOH
DATA  14 de abril de 2016
LOCAL  zoológico de Bowmanville, Canadá
FONTE  NBC News
REPOSITÓRIO  http://www.nbcnews.com/news/world/zoo-owner-whose-tiger-was-life-pi-charged-animal-cruelty-n555691
DESCRIÇÃO

 Após ser alvo de cinco processos judiciais relacionados a maus-tratos de animais, o dono do zoológico de Bowmanville (Canadá), Michael Hackenberger, demitiu-se do cargo de diretor do local.

As acusações foram feitas pela Sociedade de Ontario para Prevenção da Crueldade Contra Animais (Ontario Society for the Prevention of Cruelty to Animals).

Em dezembro, veio à tona um vídeo em que Hackenberger aparece chicoteando um tigre siberiano chamado Uno em uma “sessão de treinamento”. A divulgação do vídeo, gravado às escondidas, foi feita pela ONG Peta.

Hackenberger argumentou que somente chicoteou o animal duas vezes. 

 


Chimpanzé se refugia em fios de eletricidade após fugir de zoo no Japão

 

TÍTULO  Chimpanzee sparks alert after electrifying escape from Japan zoo
AUTOR  Richard Smart
DATA  15 de abril de 2016
LOCAL  zoológico Yagiyama, Sendai, Japão
FONTE  The Guardian
REPOSITÓRIO

 

http://www.theguardian.com/world/2016/apr/15/monkey-alert-electrifying-escape-japan-zoo

DESCRIÇÃO  Após fugir do zoológico Yagiyama, localizado na cidade de Sendai, Japão, o chimpanzé macho Chacha, 24, tentou evitar ser recapturado subindo em fios de eletricidade.

Não está claro se havia risco de choque. Segundo a empresa de energia Tohoku Eletric Power Co., a rede elétrica de 1.848 casas foi cortada durante o incidente.

O zoológico investiga como o primata conseguiu escapar.

Duas horas após a fuga e 250 metros distante do zoo, Chacha foi recapturado após ser sedado. Segundo funcionários do parque, ele não ficou ferido.

Segundo o “The Guardian”, houve fuga similar de animal no Japão em 23 de março, quando uma zebra escapou de uma fazenda de equinos. No entanto, após ser atingido por um dardo com tranquilizante, o animal caiu em um lago e morreu afogado.

Interessante notar como alguns canais de imprensa noticiaram a fuga como uma “busca pela liberdade”:

(CNN) – A chimpanzee made a dash for freedom from a zoo in Japan, but his freedom was short lived. Two hours, to be exact.
(Guardian) – Chacha, a male chimpanzee, fended off captors at Yagiyama Zoological Park after making a bid for freedom along electricity lines

 

EUA proíbem que visitantes de zoos manuseiem filhotes

 

TÍTULO US government cracks down on letting zoo visitors play with lion and tiger cubs
AUTOR  Oliver Milman
DATA 5 de abril de 2016
LOCAL Estados Unidos
FONTE  The Guardian
REPOSITÓRIO

 

http://www.theguardian.com/world/2016/apr/05/us-government-cracks-down-zoo-lion-tiger-cubs

DESCRIÇÃO

 Governo americano passa a considerar violação dos direitos animais deixar que visitantes manuseiem filhotes com menos de quatro semanas de idade em zoos. A prática é comum em zoológicos “de beira de estrada” nos Estados Unidos, em que turistas pagam para tirar fotos ou brincar por alguns minutos com os animais.

Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, é obrigação dos zoos garantir que os filhotes sejam mantidos com suas mães, abrigados corretamente e somente manuseados por profissionais.

A decisão só foi tomada após pressão de organizações pró-direitos animais. No entanto, ainda não está claro como será feita a fiscalização.

 

Jornal denuncia zoologico americano por negligência contra elefante

TÍTULO  Zoo community refuses to learn from elephant Chai’s death
AUTOR Editorial do “The Seattle Times”
DATA  21 de março de 2016
LOCAL Denver, Estados Unidos
FONTE “The Seattle Times”
REPOSITÓRIO http://www.seattletimes.com/opinion/editorials/zoo-community-refuses-to-learn-from-elephant-chais-death/
DESCRIÇÃO

 Duro editorial do “The Seattle Times” critica o tratamento dado a Chai, elefante asiático recentemente morto no zoológico de Oklahoma City. Segundo o jornal, o animal apresentou uma série de doenças antes de morrer, que só puderam se desenvolver por negligência veterinária após sua transferência do zoológico Woodland Park para o de Oklahoma. Existia a possibilidade, ignorada pelas autoridades zoológicas, de levar o animal para um santuário na Califórnia.

 

“We believe [the Oklahoma City Zoo] provided excellent care,” said spokeswoman Gigi Allianic.

Not only does that sound tone-deaf — especially to the passing of a magnificent animal that entertained Seattle visitors for years — it condones Oklahoma City Zoo’s ongoing efforts to breed elephants in questionable conditions.

Clearly, the zoo community refuses to learn from Chai’s death.

Família denuncia maus-tratos em exposição zoológica no Canadá

TÍTULO  Wizard World petting zoo under fire for treatment of animals
AUTOR Faiza Amin
DATA 19 de março de 2016
LOCAL Toronto (Canadá)
FONTE City News
REPOSITÓRIO http://www.citynews.ca/2016/03/19/wizard-world-petting-zoo-under-fire-for-treatment-of-animals/
DESCRIÇÃO
Família denuncia más condições de animais em exposição zoológica temporária durante feira Wizard World. O pai fez um vídeo que mostra um camelo em um pequeno cercado, deitado em cima de palha e de suas próprias fezes. Com o vazamento do vídeo, a Wizard World disse que a exposição zoológica era administrada por terceirizados. As crianças da família relataram ter se sentido “tristes” com a visita:

“Just looking at the camel, it made me feel sad,” said nine-year old Liam.
“I left pretty upset, and I was sort of wondering why I went there in the first place,” added his sister Brianna, who is 12.

O pai delas, no entanto, disse que voltaria a visitar uma exposição zoológica.

“To keep an eye and be an advocate for the animals, because if I do see conditions like that again, I’d be more than happy to blow the whistle and stick up for them because they can’t stick up for themselves.”