O professor de ecologia e biologia evolutiva Marc Bekoff denunciou por meio de sua coluna no jornal “Huffington Post” que um carregamento com 18 elefantes chegou secretamente aos Estados Unidos da Suazilândia em 8 de março de 2016 para abastecer zoológicos do país (Dallas Zoo, Sedwick County Zoo, Omaha’s Henry Doorly Zoo).
Trata-se da primeira vez, desde 2003, segundo ele, que elefantes foram capturados da natureza para abastecer zoológicos americanos. Os animais têm entre cinco e vinte e cinco anos, segundo reportagem do “The Guardian”
Ainda que os zoológicos tivessem obtido permissão da Serviço dos EUA para Peixes e Vida Selvagem (US Fish & Wildlife Service – USFWS) para importar os animais, uma ação judicial foi apresentada pela ONG Friends of Animals alegando que o USFWS tinha a obrigação legal de avaliar e divulgar a público, de acordo com o National Environmental Policy Act, se o encarceramento dos elefantes não traria sofrimento social, psicológico comportamental e físicos a eles.
Antes que o tribunal pudesse emitir sua decisão sobre o caso (a audiência preliminar, em que advogados do Friends of Animals teriam seus argumentos ouvidos estava marcada para 17 de março), os animais foram trazidos aos EUA sem que autoridades judiciais ou a imprensa fossem informados.
Os zoológicos haviam defendido a importação dos animais alegando que a Suazilândia atravessa uma forte seca que colocava o bem-estar dos elefantes em risco e que era preciso também abrir espaço para que rinocerontes da região pudessem viver melhor. No entanto, ativistas dizem que os animais poderiam ser transferidos para outros parques nacionais africanos e que o governo da Suazilândia vinha impedindo a migração dos animais.
Em abril de 2016, no entanto, a ONG desistiu de levar adiante o processo judicial sobre o caso, segundo o jornal local “The Wichita Eagle”. A advogada da organização disse que a decisão foi “difícil” mas que eles avaliaram que “a melhor maneira de ajudar os elefantes neste momento não era nos tribunais, mas trabalhando para informar as pessoas sobre a vida que esses animais terão agora”.
|