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Aves do Jardim Público de São Paulo viram alvo de vandalismo

TÍTULO Vandalismo
AUTOR desconhecido
DATA 2 de maio 1884
LOCAL São Paulo, São Paulo
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
 Nota denuncia vandalismo e violência contra aves do Jardim Público (Jardim da Luz), em São Paulo. Texto correlaciona a violência contra os animais e a “selvageria” e os “typos que representantam a triste e atrazada civilisação desta santa terra bragantina”

 

 

Civilização alcança Lisboa com inauguração de zoo

TÍTULO Escrevem de Lisboa, a 29
AUTOR desconhecido
DATA 19 de junho de 1884
LOCAL Lisboa, Portugal
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
 Reportagem relata inauguração do novo zoológico de Lisboa, Portugal, localizado no parque de S. Sebastião da Pedreira.

Interessante a observação do redator, que relaciona o zoo a uma prisão para os animais:

O local é magnifico, e n’aquelle vasto recinto todo coberto de arvoredos (…), os pobres animaes prisioneiros não terão ao menos a nostalgia da verdura e da sombra

Reportagem também lista os empresários envolvidos no negócio: [José Thomaz] Souza Martins e [Pedro] Van der Loan, e termina fazendo paralelo entre a presença de um zoo e o grau de civilização de uma cidade

Hein! Isto representa inquestionavelmente mais uma conquista que a civilisação alcançou sobre a inercia e rotineira d’esta boa Lisboa.

 

Zoo de Lisboa é inaugurado com cabras e ovelhas

TÍTULO Jardim Zoologico e de Aclimação
AUTOR desconhecido
DATA 29 junho 1884
LOCAL Lisboa, Portugal
FONTE  jornal “Seculo”, em reprodução pela “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
Reprodução de reportagem jornal português “Seculo”, de 29 de maio de 1884, sobre a inauguração do zoológico de Lisboa, em Portugal.
 
Boa parte do texto é uma enumeração dos animais presentes no parque. Muitos deles estão longe da categoria entendida como “selvagem” ou “exótica”, como cabras, ovelhas, bois, corvos, perdizes e cães. Há no entanto, uma girafa e uma gaiola de macacos, que era a “que mais chava a attenção do público”, além de camelos que podiam ser montados por visitantes. 
 
Interessante notar o interesse d’ “A Província de São Paulo” no empreendimento. 

 

Ramalho Ortigão defende zoo como instrumento moralisador e educativo

TÍTULO Lição que nos serve
AUTOR Ramalho Ortigão
DATA 4 de abril de 1883
LOCAL Lisboa, Portugal
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
Em “A Lição que nos serve”, Ramalho Ortigão, escritor português que colaborava com o jornal “A Província de São Paulo”, elogia a formação de uma comissão em Lisboa para construção de um Jardim Zoológico na capital portuguesa.
 
O autor acredita que a presença do zoo trará resultados positivos à educação da população:
 
A sabida importância de um jardim zoológico para os altos estudos da biologia e da zoologia comparada, as quaes, depois de Darwin, se tornaram a base experimental de toda a philosophia da natureza, torna-se um valor secundário perante os estímulos de curiosidade intellectual e de moralisador e nobilitante prazer intelligente, que essa instituição é chamada a exercer no espírito do povo.
 
Ele continua dizendo que “decretar a instrução”, assim como a “moralidade”, é inútil caso o povo não tenha interesse pelo assunto: “o povo não sente a necessidade de aprender”:
 
A curiosidade intellectual não desperta sinão pelo exercício das faculdades postas em movimento por uma solicitação do prazer, e ninguém entre nós tem pensado em crear os prazeres do espírito popular.
 
Dessa forma, o zoo é importante ao criar o interesse pela instrução a partir do prazer.

Aves são doadas para Jardim Público de São Paulo

TÍTULO  Aves Aquaticas
AUTOR desconhecido
DATA 4 de janeiro de 1880
LOCAL São Paulo, São Paulo
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO Cisne e espécie da família da cegonha são doadas por José Luciano Barbosa (que esteve envolvido na criação de um museu provincial em 1877 em uma das salas do Palácio do Governo de São Paulo) a Antônio Bernardo Quartim,  diretor do Jardim Público de São Paulo (Jardim da Luz). O jornal vê aí início de “alguma cousa que tivesse ares de um jardim zoologico”.

 

Feras ‘muito raras’ são trazidas por circo Chiarini a São Paulo

TÍTULO  Grande Circo Chiarini
AUTOR desconhecido
DATA   5 de maio 1876
LOCAL  Largo de S. Bento, São Paulo
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO Em propaganda do Circo Chiarini, a coleção zoológica é chamariz de público. Segundo a peça, a “collecção de fêras” é digna de um “minucioso” estudo zoológico, portanto, “neutralizando o recreativo com o instrutivo”. Assim, já é feita a referência à “importância científica e educativa” frente ao simples prazer da exposição de animais, argumento recuperado por zoológicos.