Tag: Alemanha

Decadente, diz major sobre leão de zoo em Berlim que posa para fotos com crianças

 

TÍTULO “Teu filho não voltará mais!”
AUTOR Major Affonso de Carvalho
DATA 17 de abril de 1941
LOCAL Berlim, Alemanha
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO

Major Affonso de Carvalho relata seu encontro com um leão do zoológico de Berlim que posava para fotografias com crianças. Vê nisso a decadência do leão como símbolo.
Ele nota que os animais não estão protegidos durante os bombardeios da 2ª GM.

Em 2013, na Rússia, a prática de crianças tirarem fotos com animais de circo (como felinos) ainda existia, segundo reportagem do New York Times.

Hagenbeck explica técnicas de captura para animais de zoológico

 

TÍTULO Moderna Caça e Commercio de Feras
AUTOR Heinrich Hagenbeck
DATA 16 de abril de 1928
LOCAL Stellingen-Hamburgo
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO

Reportagem assinada por Heinrich Hagenbeck explica como sua empresa capturava animais para abastecer o comércio de “feras”. Entre as qualidades que se espera de um caçador, diz, está a aptidão para atirar, fotografar e filmar.

Durante o texto, é explicado que a captura é sempre de filhotes e que o caçador deve tentar poupar a mãe. Por isso, parte da técnica é fazer a captura do filhote quando a mãe não está por perto.

 

Imperador alemão procura Carl Hagenbeck para construção de novo zoológico em Berlim

 

TÍTULO  O novo parque zoológico de Berlim e o Imperador
AUTOR  Desconhecido
DATA  18 de julho de 1911
LOCAL  Berlim, Alemanha
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Imperador alemão pretendia construir um novo jardim zoológico em Berlim e, para isso, pediu a ajuda de Carl Hagenbeck, já então conhecido comerciante de animais e dono de um zoo em Stelligen “onde os animais vivem o mais possível, como se fossem soltos”.
O antigo jardim zoológico de Berlim, segundo a reportagem, pertencia a uma sociedade anônima e cobrava muito caro pela entrada. Faltava assim, no local, “a grande massa do povo”.
A reportagem também relata o envio de animais do jardim zoológico do Pará (Parque Zoobotânico do Museu Goeldi) para o de Berlim e os preços cobrados por Hagenbeck por suas “feras”.

 

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Mercador de animais Carl Hagenbeck presenteia zoo do Rio de Janeiro com ursos japoneses, marrecos e macacos

 

TÍTULO  Ursos japonezes
AUTOR  Desconhecido
DATA  11 de junho de 1909
LOCAL  Rio de Janeiro
FONTE  Commercio de São Paulo
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO  Mercador de animais Carl Hagenbeck (que mais tarde ficará conhecido como o criador do “zoológico moderno” e cujo nome é grafado aqui como Karl Hageubeck) teria doado para o zoológico do Rio de Janeiro “um precioso casal de ursos japonezes [depois identificados como ursos torquatus, nomenclatura que caiu em desuso e foi substituída por ursus thibetanus], 8 marrecos mandarins e 8 macacos Anabis, Hamadryas e Babunios). Em troca, receberia de presente uma águia de luxo (Spizaetus ornatus), “originária do Amazonas” e sobre a qual soube a partir de uma fotografia que lhe foi enviada. Interessante pensar nesta troca de fotografias de animais entre zoológicos, tal como um álbum de figurinhas.
Os animais doados por Hagenbeck são vistos pela reportagem como uma “dádiva de alto valor”, “de grande raridade”, “de extraordinaria sensibilidade climaterica e obedecem a um regimen alimentar especialíssímo” — ou seja, têm seu caráter exótico sublinhado. A doação de tais animais teria se dado após Hagenbeck observar “com grande admiração” a adaptação de ursos brancos ao clima do Rio de Janeiro, o que demonstraria que “no Jardim Zoologico do Rio não se poupam esforços para a sua conservação”. 

 

 

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Reportagem detalha despesas e lucros de diferentes zoos da Alemanha

 

TÍTULO  Os jardins zoológicos da Alemanha
AUTOR

Armand Charpentier

DATA  8 de junho de 1908
LOCAL  Alemanha
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Extensa reportagem (provavelmente uma tradução, já que o texto é assinado por Armand Charpentier) fala da visita de Gustave Loisel a diferentes zoológicos da Alemanha.
Além de dar informações históricas sobre a criação dos parques, a reportagem detalha as despesas com funcionários e manutenção e os lucros de diferentes instituições, como os zoos de Berlim, Colônia, Hamburgo e Frankfurt.

OBS:
(1) Gustave Loisel escreveu um livro de três volumes falando da História das Menageries (ou seja, da coleção dos animais). Parece que foi a primeira pessoa que se dedicou a história dos zoológicos.

A obra pode ser lida aqui:
Volume I – http://archive.org/details/histoiredesmna01loisuoft
Volume II – http://www.archive.org/details/histoiredesmna02loisuoft
Volume III – http://www.archive.org/details/histoiredesmna03loisuoft

(2)  Provavelmente, o texto reúne as conclusões de Loisel no seu estudo:
Gustave LOISEL (1907), Rapport sur une Mission Scientifique dans Les Jardins et Établissements Zoologiques Publics et Privés de l’Allemagne, de l’Autriche-Hongrie, de la Suisse et du Danemarck, Imprimerie Nationale (Paris), Nouvelles Archives des Missions Scientifiques, t. xv, 158 p., 20 pl. 

 

Com “cruzamentos improváveis”, Carl Hagenbeck busca animais de trabalho mais resistentes

 

TÍTULO  Mercado de Feras
AUTOR  Desconhecido
DATA  2 de janeiro de 1903
LOCAL  Hamburgo, Alemanha
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Matéria apresenta o comércio de animais de Carl Hagenbeck na cidade portuária de Hamburgo (Alemanha), que abastece circos ambulantes e jardins zoológicos da Europa e da América. O empresário é descrito como alguém que fez “uma verdadeira escola de domagem e ensino”, e são apresentados os valores de cada animal, sendo o hipopótamo o mais caro (18 mil marcos).
Segundo a reportagem, Hagenbeck também fazia experiências com “cruzamentos improváveis”, como o de uma égua com uma zebra, buscando animais resistentes para trabalhos comumente feitos por outras espécies já domesticadas. O texto não menciona nenhum interesse científico em relação aos animais,
Também é informado que Hagenbeck fundou em Stelling, perto de Hamburgo, “um vasto parque onde mantem em meia liberdade um grande número de espécies exóticas” que “não parecem sentir a diferença do clima e dellas (?) ao poderia tirar partido para a alimentação, para a agricultura e mesmo para a raça (…) Em suma, o estabelecimento do sr. Hagenbeck apresenta um interesse que muito excede o de simples curiosidade”.

 

Ursos brancos brigam e viram ‘espetáculo’ em zoo na Alemanha

 

TÍTULO  Espectaculo nunca visto
AUTOR desconhecido
DATA  24 de abril 1877
LOCAL  Jardim Zoológico de Colônia (Alemanha)
FONTE  jornal “Diário de S.Paulo”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO Com detalhes, jornal narra briga entre dois ursos no zoológico de Colônia, Alemanha, em que um deles morreu:

Um espectaculo que é raras vezes dado ao homem contemplar, espectaculo pelo qual mais de um imperador romano teria certamente dado uma fortuna, foi visto ultimamente por uma multidão numerosa no Jardim Zoologico de Colonia.
Dous ursos brancos do mar Glacial, animais celebres por sua ferocidade, bateram-se no seu fosso, e um delles succumbiu depois de um combate furioso. Estes dous ursos tinham sido transportados de Spitzberg [ilha norueguessa] ha cinco anos; havião-nos [sic] alojado em fossos quadrados, ladrilhados e forrados de pedra, no meio dos quais se acham grandes pias, constantemente cheias de água.
A conducta destes carnívoros fôra excellente até os ultimos dias, em que uma violenta rixa rebentou de repente. A femea refugiou-se no cume de um rochedo, atraz de uma das bacias; o macho não tentou perseguil-a [sic]; ali esteve ela acocorada durante três dias, até o momento em que, apertada pela fome, decidiu-se a descer.
Logo que o macho a viu approximar-se, soltou um rugido de envolta com um medonho ranger de dentes; depois, enfurecendo-se, precipita-se sobre ella e começa a despedaçal-a com as garras dianteiras.
Uma luta terrível se travou; mas a femea ficou dentro em pouco por baixo.
Avisou-se o pessoal do Jardim Zoológico, que acudiu o mais depressa possível, depois de se ter munido de compridas trancas de ferro; mas foi impossível separar os combatentes.
Sabe-se que os ursos brancos dos mares polares, que são de uma força prodigiosa, têm os ossos da cabeça muitos mais duros que os ursos da terra; por mais pancadas que lhe derão não puderão atordoar o macho, que, cahindo sobre a femea, lhe arrancou os olhos e a esmagou, por assim dizer, da cabeça até as garras; depois arrastou-a até o fundo de uma pia, onde a segurou debaixo da água até que se certificasse de que ella não dava já signal de vida. Retirou-a então, e pôs-se a passear com o cadáver em redor do fosso. Finalmente, ao cabo de uma hora, cansado pela luta e pelas feridas que recebêra, foi deitar-se na sua cama, que os guardas fechárão immediatamente, deixando cahir as grades de ferro.
Tendo sido examinada a fera morta, pôde-se ver as feridas terríveis que fazem com os dentes e com as garras estes ferozes animais carnívoros. As carnes da femea cahião aos pedaços: o pescoço e mesmo a cabeça estavão quasi esmigalhados; o resto do corpo tinha mais de 100 feridas. É de notar que durante todo o tempo que durou o combate, estes ursos brancos não soltavão nem um grito, nem um murmurio estranho que fazem ouvir os ursos pardos quando se batem.

 

Anúncio oferece dinheiro para captura de soldado francês para zoo

TÍTULO Gazetilha, Que Curiosos!
AUTOR desconhecido
DATA 18 de setembro de 1870
LOCAL Colônia, Alemanha
FONTE  jornal “Diário de S.Paulo”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO  Jornal reproduz anúncio publicado na “Gazeta de Colônia”, provavelmente sarcástico, em que era prometido dinheiro ao primeiro soldado alemão que aprisionasse um francês para expô-los em zoológico

 

1870 . set. diario de s paulo