Tag: aquário

Após morte de Arturo, o urso polar mais triste do mundo, aquário da China disputa ‘rótulo’

Após passar 30 anos em cativeiro, Arturo, o urso polar do zoológico de Mendoza que ficou conhecido como “o urso polar mais triste do mundo,” morreu no último dia 3 de julho de “complicações relacionadas à idade”.

Arturo chegou à Mendoza aos oito anos de idade, depois de ficar em exposição em Buenos Aires. Ele havia nascido em 1985 em um zoo do Estado de Colorado (EUA).

Diversas petições nos últimos anos pediam a transferência de Arturo para outros zoológicos com melhor infraestrutura ou um santuário de animais.

Arturo sofria tanto de solidão, desde que sua parceira Pelusa morreu em 2012, quanto de calor. Em Mendoza, a temperatura chega a 40 graus Celsius no verão.

Segundo o jornal “La Nación”, cerca de 80 animais morreram no zoológico de Mendoza somente no primeiro semestre deste ano. A causa da maioria das mortes não foi solucionada, e suspeita-se de envenenamento.

 

Recentemente, no entanto, outro urso polar chamou a atenção de ativistas dos direitos animais. Trata-se de um animal que está sob a guarda do Grandview Aquarium, que foi inaugurado em janeiro de 2016 e está localizado dentro de um shopping center da cidade chinesa de Guanzhou.

Segundo reportagens do “The Washington Post” e do “Huffington Post”, além do urso, lobos, belugas e outros são mantidos ali em pequenos recintos de vidro sem nenhum tipo de enriquecimento ambiental, de forma que possam ser fotografados pelos visitantes.

A situação vem sendo denunciada há meses pela Animal Asia, de Hong Kong. Segundo a ONG, após reunião com os administradores do Grandview Aquarium, o urso passará a receber algumas pilhas de neve e será elaborado um plano de enriquecimento ambiental. 

Uma petição que pede pelo fechamento do Grandview já coletou mais de 220 mil assinaturas.
Em entrevista à imprensa chinesa, o diretor do aquário, Li Chengtang, disse em janeiro que o local dispunha de espaço suficiente para os animais e que seu objetivo era “popularizar a ciência” e conservar a vida marinha.

 

 

Felizmente, alguns locais demonstram maior lucidez no manejo dos animais sob sua guarda. 

Também em junho, o zoológico de Indianapolis (EUA) anunciou a transferência de Tundra, urso polar fêmea de 29 anos que vive no local desde 1988, para o zoo do Detroit.

A decisão, segundo a instituição, foi tomada após a diretoria perceber que Tundra merecia melhores condições de confinamento (como ela já tem idade avançada, sua reintrodução na natureza não é viável).

O zoo de Detroit, segundo comunicado do zoo de Indianapolis, poderá oferecer a Tundra mais espaço e piscinas que facilitarão sua entrada e saída da água, o que a ajudará conforme o avançar da idade. Abaixo, vídeo mostra Tundra no novo recinto e com seus novos companheiros.  

 

Sea World anuncia fim de programa de reprodução de orcas em cativeiro

 

TÍTULO  SeaWorld Says It Will End Breeding of Killer Whales
AUTOR Sewell Chan
DATA 17 de março de 2016
LOCAL Estados Unidos
FONTE The New York Times
REPOSITÓRIO http://www.nytimes.com/2016/03/18/us/seaworld-breeding-killer-whales.html?emc=edit_tnt_20160318&nlid=68861687&tntemail0=y&_r=0
DESCRIÇÃO
Presidente e executivo-chefe do Sea World Parks and Entertainment, Joel Manby anuncia fim do programa de reprodução de orcas da empresa em cativeiro.
 
A decisão foi uma resposta, ainda que tardia, à degradação da imagem pública do Sea World nos últimos anos, após o lançamento de filmes e livros que denunciavam as condições de encarceramento dos animais. Dentre eles, destaca-se o documentário “Blackfish”, que acompanhou a trajetória da orca Tilikum, atualmente no SeaWorld da cidade de Orlando (ver trailer abaixo). Além disso, autoridades públicas já vinham se movimentando para tornar ilegal a reprodução de orcas em cativeiro. O anúncio, dessa forma, pode ser menos uma reposta à opinião pública e mais uma precaução contra medidas legais. 
 
Segundo o The New York Times, a empresa hoje detém 29 orcas: 11 em San Diego, 7 em Orlando, 5 em San Antonio e 6 em Loro Parque. 
 
As orcas do parque, no entanto, não serão reintroduzidas na natureza. Para o Sea World, os animais não teriam condições de sobreviver. 
Em artigo no “Los Angeles Times”, em que foi anunciada a decisão, Manby saudou a importância do SeaWorld que, segundo ele, tornou as orcas não temidas e odiadas, mas amadas, e educou o público sobre a espécie.