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Vencida a guerra, almirante Halsey não consegue cavalgar animal do imperador japonês

 

TÍTULO Desfecho esportivo de uma frase do almirante Halsey
AUTOR Raul de Polillo
DATA 19 de setembro de 1945
LOCAL Japão
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO

Jornal faz menção ao caso do almirante Halsey e do cavalo do imperador japonês Hirohito, uma metonímia para a vitória norteamericana na Segunda Guerra Mundial.

O almirante desejava cavalgar o cavalo do imperador, mas não consegue. Por isso, outros animais parecidos são levados a ele para, pelo menos tangencialmente, a situação acontecer. O caso teve grande repercussão na mídia norte-americana.

“Prior to and during World War II, Japan’s Emperor Hirohito was shown in photos and newsreels riding a beautiful white stallion in front of his troops. The horse was part of his carefully cultivated image. (…) Pictured on his white horse, Emperor Hirohito was a distant, godlike figure—a symbol of Imperialist Japan.
(…)
The symbol of the white horse caught the American imagination. Early in the war, United States Admiral William (Bull) Halsey vowed that one day he would ride Hirohito’s white horse through the streets of Tokyo. This soon became a rallying cry in the United States. It was even used in a campaign to sell war bonds. The United States was going to win the war and remove Emperor Hirohito from his high horse.
(…)
At the end of the war, the public was clamoring for Admiral Halsey to ride Emperor Hirohito’s horse, as promised.
(…)
Halsey did ride a horse, but he wasn’t Emperor Hirohito’s white stallion, who remained private property of the Emperor. Instead, he rode another horse that was supplied by Major General William Chase, the commander of the First Calvary Regiment. After reviewing the honor guard of the First Calvary Regiment, he mounted the horse and rode slowly around the bivouac area on the outskirts of Tokyo. It was an unscheduled affair, so he didn’t get to use the special saddle. “Please don’t let me alone with this animal,” the Admiral said. Upon dismounting, he grinned and said, “I was never so scared in my life.”
(…)

Fins recreativos e educativos do zoo são falsos, defende colunista do Estadão

 

TÍTULO O “Coronel” Elephante
AUTOR F.
DATA 14 de fevereiro de 1937
LOCAL Rio de Janeiro
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO

Artigo de opinião elogia juiz que condenou homem que matou cavalo a chibatadas e questiona a razão de se colocar animais em zoológicos.
Ao falar da decisão do magistrado, diz que ele “afrontou o ridículo” ao defender os irracionais.
Também relembra que a elefante Helena, do zoo do Rio de Janeiro, vinha sendo alugada para circos para sustentar outros animais.

Em julho de 1937, F. voltará a escrever para o jornal, baixando o tom em relação às suas críticas.

“Há, porém, outros aspectos da utilização impiedosa dos animais. Refiro-me ao enclausuramento perpetuo de feras e a sua exibição em jardins zoológicos. Para que essas exposições permanentes? Para fins recreativos ou educativos? Mas recrear a quem, com a exibição de ursos, tigres e leões, longamente aprisionados, em jaulas estreitas, pobres feras que à força de serem prisioneiras acabam esquecendo a sanha selvagem? Quem se diverte ao vê-las assim inutilizadas, despidas da beleza e ferocidade, magras e esquálidas, quase sempre adoentadas. Invariavelmente melancólicas, com uma grande nuvem nostálgica a embaçar-lhe os olhos? E educar? A que é que educam aqueles tolos letreiros latinos, em que o povo nada percebe e em cuja compreensão não vislumbra a mais remota utilidade? 
Libertem-se esses míseros animais. Devolvam-nos à selva, à plena liberdade para que nasceram e que constitui o único bem que lhes é indispensável e a única coisa que pedem. Com que direito se enclausuram animais (o leão do zoológico daqui [RJ] está enjaulado há 38 anos!) se não se lhes dá nem ao menos o alimento indispensável? Sabem, acaso, os que me leem, como se arranja dinheiro para a aquisição de carne para as feras? Alugando-se o elefante para circos ambulantes! É ele, com seu aluguel, quem alimenta a turma toda: é o pão de todos, o “coronel Elefante”!
É humano! pergunto: é desculpável? Não. O sentimento humano, nesse caso, o alto, o generoso sentimento do chamado “homo sapiens” está condensado, tenho certeza, naquelas páginas admiráveis de Maeterlinck [talvez uma menção a esse escritor], em que o grande escritor, com uma grande suavidade – uma superioridade verdadeiramente humana, descreve a conversa entabolada entre o homem e o cão, e em virtude da qual se lavrou um contrato, até hoje vigente, em que o pobre cão se reserva apenas o direito de obedecer. 
F.”

 

Carlos Botelho diz a médicos e jornalistas que pretende criar no Jardim de Aclimação “especie de jardim zoologico” para “recreio” das famílias paulistas

 

TÍTULO  Jardim da Acclimação
AUTOR  Desconhecido
DATA  5 de julho de 1911
LOCAL  São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 Grupo de médicos e jornalista visita o Jardim da Acclimação a convite de Carlos Botelho.
A reportagem descreve o parque “bem ajardinado”, o lago, a leiteria e o estábulo. Um jardim zoológico, na época, ainda estava somente nos planos dos proprietários, ainda que já existissem ali alguns animais (exóticos e domésticos). O objetivo, a longo prazo, era tornar o parque em um lugar de recreio/lazer para a população:

 

Além do serviço irreprehensivel da colheita do leite, tiveram os clinicos occasião de verificarem o ideal do dr. Botelho, que é estabelecer alli, como no Jardim de Acclimação de Paris, uma especie de jardim zoologico. Para isso já existem lá muitos cavallos de fina raça, cães galgos e outros, antas, carneiros, um dromedario e diversas aves aquaticas, sendo de notar que existe uma cisne que choca atualmente ovos para darem esse producto, que tanto enfeita o jardim. É [in]tenção do dr. Carlos Botelho de abrir ao publico escolhido de S.Paulo o seu cuidado jardim, estabelecendo nelle sociedades que tornarão o aprazivel logar conhecido. Assim já existe um “club hippico”, para montaria, vae haver um outro de “law tennis” e um para regatas para senhoras. Como se vê desta arte vae ficar procurado o jardim, que tem todas as condições para ser logar de recreio às famílias paulistas.

 

Suicídio de animais nunca chegou a ser solucionado pela ciência, diz jornal

 

TÍTULO  Animaes suicidas
AUTOR  Desconhecido
DATA  1904 janeiro (registro incompleto)
LOCAL  Não se aplica
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO A partir de reportagem publicada pelo jornal inglês “Globe”, o Correio Paulistano debate brevemente a possibilidade de os animais (mesmo invertebrados, como borboletas) se suicidarem, apresentando exemplos.

O problema de verificar si os animaes podem ou não suicidar-se não é novo e nunca foi resolvido de maneira a satisfazer a sciencia. (…) É provável que tudo isso não passe de simples supposições; não há, porém, o direito de acreditar que os animaes não possam suicidar-se. O problema continua, pois, à espera de resolução.

 

 

Grande Circo Zoológico Europeu chega a São Paulo e se apresenta no Largo da Concórdia

Três entradas foram reunidas por se tratarem de um mesmo tema

 

TÍTULO  Grande Circo Zoologico Europeu
AUTOR Propaganda 
DATA 14 de março de 1895 
LOCAL  São Paulo [Largo da Concórdia, no Brás], São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

 

DESCRIÇÃO

Propaganda do Grande Circo Zoologico Europeu, sob direção de Affonso Spinelli, destaca a presença de “linda collecção de animaes ferozes”, entre os quais “um enorme leão, uma onça, um urso, seis cachorros amestrados, seis cavallos e um cavallo asiatico, verdadeira novidade por não ter pello”.
Ou seja, dá-se ênfase à ferocidade dos animais, assim como seu caráter curioso (para o caso de animais domésticos como cavalos e cachorros).

Adiante, também é dado destaque a “instrumentos [musicais] differentes e exquisitos” de outras nacionalidades. 

 

 

TÍTULO Circo Zoologico Europeu
AUTOR Desconhecido
DATA 22 de março 1895
LOCAL  São Paulo [Largo da Concórdia, no Brás], São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 

Jornal classifica Grande Circo Zoologico Europeu como “companhia de cavallinhos” e indica espetáculo ao público. No entanto, o maior elogio não é à apresentação de animais, mas ao espetáculo musical dos três bemóis. 

 

 

TÍTULO Circo Zoologico
AUTOR Desconhecido
DATA 14 de março 1895
LOCAL  São Paulo [Largo da Concórdia, no Brás], São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Sem mencionar o nome do circo, jornal faz breve nota sobre a “companhia equestra e gymnastica” presente no Largo da Concórdia, com “uma boa colleção de animaes ferozes”.

Circo traz hiena e urso para centro de São Paulo

 

TÍTULO Grande Circo Equestre, Gymnastico, Acrobatico e Zoologico
AUTOR desconhecido
DATA  28 de junho de 1881
LOCAL Largo de S.Bento, São Paulo, São Paulo
FONTE  jornal “Correio Paulistano”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO Circo de propriedade de Hilario Luiz de Almeida traz para São Paulo espetáculo com “urso ensinado”, “cavallos”, “dois macacos (…) bem domesticados” e “hiena (…) animal indomável”, segundo propaganda

 

Grande Circo americano traz onça, hiena e leão para São Paulo

TÍTULO  Grande Circo Americano, Meridional, Olympico, Equestre, Gymnastico, Mimico, Equilibrista e Zoologico da COMPANHIA AMERICANA MERIDIONAL
AUTOR desconhecido
DATA  1º de julho de 1866
LOCAL São Paulo, endereço exato não divulgado
FONTE  jornal “Diário de S.Paulo”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO Circo de propriedade de James Pedro Adams promove exposição de animais, entre eles, águias, hiena, búfalo, leão, onça, veado, faisão, cazae;  Anúncio diz que circo auxiliará nas despesas para a guerra contra o Paraguai

 

Beduínos e tupynambá americano se apresentam com animais

TÍTULO  Grande amphitheatro Americano, Meridional, Equestre Gymnastico e Zoologico. Proprietario James Pedro Adams
AUTOR desconhecido
DATA  15 de julho de 1866
LOCAL  São Paulo ; não é fornecido endereço exato
FONTE  jornal “Diário de S.Paulo”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO  Circo zoológico de James Pedro Adams faz apresentação com animais e homens em São Paulo. Interessante notar a presença de “beduínos”, e a representação de um “tupynambá americano” no espetáculo; entre os avisos de “prevenção”, está: é expressamente proibido bulir com os animais da exposição