Tag: Correio Paulistano

Coleção de feras do Circo Zoológico Norte-Americano faz sucesso em São Paulo

TÍTULO Jardim Zoologico
AUTOR Desconhecido
DATA 9 de agosto de 1919
LOCAL São Paulo
FONTE Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Mais uma resenha elogiosa da passagem do Circo Zoológico Norte-Americano, de Anthony Lowande, por São Paulo (várzea do Carmo).

Segundo o jornalista, a coleção de animais trazida por Lowande “é a mais completa e ao mesmo tempo a mais numerosa que tem vindo a São Paulo. A denonimação de jardim zoologico tem toda a razão de ser, porquanto ali não faltam os animaes de classes e familias mais diversas da fauna africana, asiatica e americana”.

Macacos do zoológico do Rio de Janeiro sofrem insolação com altas temperaturas

 

TÍTULO Os Macacos Insolados
Os animaes são também atacados de insolação
AUTOR Desconhecido
DATA 3 de fevereiro de 1917
LOCAL Rio de Janeiro, RJ
FONTE Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional [matéria do Correio Paulistano]

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Estadão, em uma página com inúmeras retrancas sobre o calor excepcional pelo qual passava o Rio de Janeiro, noticia que a macaca Lúcia havia sofrido insolação no zoológico.

Notícia também foi dada pelo Correio Paulistano, que registrou: “Todos os animaes começaram a gritar. Os empregados suppozeram que se tratava das suas habituaes momices, mas verificou-se depois que era resultado da insolação de que foram atacado. Foi chamado o professor verterinario que os poz fóra de perigo.”

 

O Estado de S.Paulo

 

Correio Paulistano

 

 

 

Carnaval Zoologico no Bosque da Saúde traz animais fantasiados

 

TÍTULO Carnaval Zoologico
AUTOR Desconhecido / Publicidade
DATA 11 de fevereiro de 1917
LOCAL São Paulo
FONTE Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Propaganda de “Carnaval Zoológico” em que animais fantasiados participariam de parada com banda no Bosque da Saúde. Evento não parece  inédito, já que é classificado como a “tradicional passeata dos bichos phantasiados”.

Entre as atrações estão os macacos Gregório (que viria montado a cavalo), Sultão, Dalila, Plibio, Plobo, Chiquinho, Merina, além de gansos, cães, jaburus, quatis, cabras e cavalos.

 
 
 

Arrendatário do Bosque da Saúde leva jornalistas para conhecer parque em que planeja construção de zoo

 

TÍTULO  Bosque da Saúde
AUTOR  Desconhecido
DATA 23 de outubro de 1916 
LOCAL  São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 Breve nota reportando que Miguel Antonio Bruno, arrendatário e do Bosque da Saúde, convidou jornalistas do “Correio Paulistano, “Diario Popular”, “Platéa”, “Gazeta”, “Diario Allemão”, “Capital”, “Combate, “Nação”, “Fanfulla”, “Correio da Semana”, “Commercio de S.Paulo” ao parque onde planeja construir um Jardim Zoológico, “possuindo já uma grande quantidade de animaes raros”.

 
 
 
 

Novas versões sobre a morte de tratador alemão por elefante no Rio de Janeiro

 

TÍTULO  O elefante Topsy – o animal, enfurecendo-se, mata seu tratador
AUTOR  Desconhecido
DATA  18 de março de 1914
LOCAL  Rio de Janeiro
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Correio Paulistano apresenta duas versões sobre a morte do tratador alemão pelo elefante Topsy no Rio de Janeiro. Em uma, a causa da morte é, na realidade, um ataque cardíaco, e fica a impressão de que o animal pertence a um circo.

Vale notar que o elefante tem o mesmo nome da paquiderme eletrocutada por Thomas Edson em 1903.

https://2.bp.blogspot.com/-W_cAeVd_iWw/U5X7PlZtArI/AAAAAAAAEQ4/fY61aS4S8xE/s1600/18+de+mar%C3%A7o.jpg

Carlos Botelho diz a médicos e jornalistas que pretende criar no Jardim de Aclimação “especie de jardim zoologico” para “recreio” das famílias paulistas

 

TÍTULO  Jardim da Acclimação
AUTOR  Desconhecido
DATA  5 de julho de 1911
LOCAL  São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 Grupo de médicos e jornalista visita o Jardim da Acclimação a convite de Carlos Botelho.
A reportagem descreve o parque “bem ajardinado”, o lago, a leiteria e o estábulo. Um jardim zoológico, na época, ainda estava somente nos planos dos proprietários, ainda que já existissem ali alguns animais (exóticos e domésticos). O objetivo, a longo prazo, era tornar o parque em um lugar de recreio/lazer para a população:

 

Além do serviço irreprehensivel da colheita do leite, tiveram os clinicos occasião de verificarem o ideal do dr. Botelho, que é estabelecer alli, como no Jardim de Acclimação de Paris, uma especie de jardim zoologico. Para isso já existem lá muitos cavallos de fina raça, cães galgos e outros, antas, carneiros, um dromedario e diversas aves aquaticas, sendo de notar que existe uma cisne que choca atualmente ovos para darem esse producto, que tanto enfeita o jardim. É [in]tenção do dr. Carlos Botelho de abrir ao publico escolhido de S.Paulo o seu cuidado jardim, estabelecendo nelle sociedades que tornarão o aprazivel logar conhecido. Assim já existe um “club hippico”, para montaria, vae haver um outro de “law tennis” e um para regatas para senhoras. Como se vê desta arte vae ficar procurado o jardim, que tem todas as condições para ser logar de recreio às famílias paulistas.

 

Filho de Carl Hagenbeck visita o Rio de Janeiro e zoológico local

 

TÍTULO  Hospede Illustre
AUTOR  Desconhecido
DATA  13 de agosto de 1909
LOCAL  Rio de Janeiro
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Em rápida passagem pelo Rio de Janeiro, Lorenz Hagenbeck, filho de Carl Hagenbeck, visitou a então capital brasileira e o zoológico local.
Ali, fez alguns elogios inflados ao zoo (“o mais bello do mundo”), mostrou que o bem-estar dos animais comercializados pela sua empresa ficava em segundo plano (ao ter vendido ao Rio anos antes um casal de ursos brancos que julgava que nunca iriam resistir ao clima) e demonstrou um interesse aparentemente falso pelo mandril (disse que trocaria por um bom casal de leões, quando se sabe que esses eram dos animais mais baratos do comércio de animais — tal contradição, no entanto, não foi notada pela reportagem):

 

“Em sua visita ao Jardim Zoologico, o sr. Hegenbeck manifestou franca admiração pela belleza do local, classificando-o o mais bello do mundo. Em sua opinião, o Jardim Zoologico supllanta o de Ceylão, que é, topographicamente, o mais lindo do mundo.(…) Admirou-se das boas condições em que encontrou os ursos brancos, que, quando vieram, ha cerca de dois annon, de sua casa, julgava impossivel resistirem ao clima do Rio. (…) Não acreditava que o nosso Jardim possuisse o grande Mandril, porque, ha muito tempo, nao tem tido, em Hamburgo, o Mandril sinão pequeno. “Daria de bom gosto um casal de meus melhores leões, mas sei que o Jardim não faria essa troca”.

 

Olavo Bilac relata”zoolatria aguda” e passageira em torno dos animais do zoo do Rio de Janeiro

 

TÍTULO  Zoolatria Aguda
AUTOR  Olavo Bilac
DATA  6 de novembro de 1907
LOCAL  Rio de Janeiro
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Olavo Bilac relata toda a atenção dada aos animais recém-chegados do zoológico do Rio de Janeiro (Vila Isabel), prevendo o desinteresse do público em poucos meses:

Em torno de cada gaiola, de cada jaula, de cada viveiro, de cada tanque, havia um grupo compacto de zoólatras, admirando os animaes. E eram enternecedoras as perguntas que os visitantes, com a voz trêmula de interesse e ternura, dirigiam aos guardas: Estavam todos os bichos vivos? Nenhum morrera? Continuavam a gozar de boa saúde? Comiam bem? Mostravam-se satisfeitos com a sua nova residência?…”O urso branco, principalmente, atraia a solicitude dos perguntares: “Não estranhara o calor? Suportará bem o banho? Não se deixava ganhar pela nostalgia assassina, moléstia de poetas e de damas sensíveis?…” E o urso branco, insensível aos cuidados que inspirava, melancholicamente se bambaleava sobre as curtas pernas traseiras, agarrando-se com as dianteitas ao tronco de uma goiabeira (…) Felizes bichos! Que os deuses misericordiosos lhes conservem a vida e a saúde no Jardim Zoológico, onde, daqui a pouco tempo, gozarão os indizíveis benefícios e as ineffáveis delícias da solidão, do silêncio e da paz!

Porque, daqui a algumas semanas, a nossa zoolatria terá desaparecido, como tantas outras latrias que já nos exaltaram  (…) quando algum jornal noticiar que algum dromedário morreu com saudade dos seus ares ou que o urso branco se está finando com a nostalgia dos seus campos de gelo, toda a gente perguntará: “Que dromedário?”! “Que urso branco?”! –e sem mais indagações continuará a pensar na laria de então, que ninguem pode prever qual será…

 

Leopardo escapa do jardim da quinta das Laranjeiras, em Lisboa, e é morto por soldados

 

TÍTULO  Caça ao Leopardo
AUTOR  Desconhecido
DATA  6 de setembro de 1905
LOCAL  Lisboa, Portugal
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Jornal relata “caso sensacional” ocorrido em Lisboa (Portugal) de leopardo que, ao ser transferido para um novo parque e uma nova jaula, consegue escapar. São acionadas a polícia, a força de cavalaria e infantaria da guarda municipal para cercar o jardim, encontrando o leopardo “descansando tranquilamente” em um propriedade vizinha ao zoo da quinta das Laranjeiras. Ao ser atingido pela primeira vez pelas balas, o leopardo foge. Depois, ao ser novamente baleado, corre em direção à força militar e finalmente é morto.
Reportagem pode ser lida como um exemplo do tratamento dado aos animais que fugiam de zoos no início do século 20. Já de princípio considerado “feroz”, o único destino possível ao leopardo é a morte. 

Vale comparar a narrativa da reportagem do Estadão com a do Correio Paulistano (abaixo). 

 

 

TÍTULO  Carta de Lisboa (nota da coluna)
AUTOR  Desconhecido
DATA 8 de setembro de 1905
LOCAL  Lisboa, Portugal
FONTE Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Reportagem do Correio Paulistano traz mais alguns detalhes da fuga de leopardo e de sua procedência (fora um presente ao rei do governador geral de Moçambique, Azevedo Coutinho). O animal teria fugido de uma jaula cuja construção ainda estava incompleta e, depois, ficara passeando “serena e elegante, gozando as delicias da liberdade” até ser alvejado por soldados.

Tanto no relato do Correio Paulistano quanto no Estadão, no entanto, é possível perceber como o leopardo mantém uma atitude “tranquila” (até ser atacado), enquanto os humanos estão extremamente nervosos, atrapalhados e despreparados frente à situação (até mesmo ferindo um soldado à bala). 

 

Suicídio de animais nunca chegou a ser solucionado pela ciência, diz jornal

 

TÍTULO  Animaes suicidas
AUTOR  Desconhecido
DATA  1904 janeiro (registro incompleto)
LOCAL  Não se aplica
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO A partir de reportagem publicada pelo jornal inglês “Globe”, o Correio Paulistano debate brevemente a possibilidade de os animais (mesmo invertebrados, como borboletas) se suicidarem, apresentando exemplos.

O problema de verificar si os animaes podem ou não suicidar-se não é novo e nunca foi resolvido de maneira a satisfazer a sciencia. (…) É provável que tudo isso não passe de simples supposições; não há, porém, o direito de acreditar que os animaes não possam suicidar-se. O problema continua, pois, à espera de resolução.