TÍTULO | Coisas da Cidade – Jardim Zoologico |
AUTOR | Plínio Barreto |
DATA | 2 de abril de 1924 |
LOCAL | São Paulo |
FONTE | O Estado de S.Paulo |
REPOSITÓRIO | |
DESCRIÇÃO |
Poucos dias após a publicação de uma coluna de Franco da Rocha, em que o médico defendia a construção de um jardim zoológico na cidade de São Paulo, o colunista Plínio Barreto retoma o assunto no Estadão. Além de comentar sobre a grande quantidade de cartas que o jornal recebeu apoiando a ideia expressa pelo psiquiatra, traz ainda mais argumentos para a presença de um zoo na cidade: a criação de um espaço verde, quase uma “mata”, ou seja, não local de “muito gramado e poucas árvores”, mas “um verdadeiro bosque”, em uma cidade que, em constante urbanização, perde seus espaços para lotes de construção. E volta ao argumento dos animais em vias de extinção no Brasil. Como o jornal observa interesse popular pelo tema, diz que irá publicar, em pequenas notas, informações sobre zoológicos de outros países. Sobre esse tema, é escrita uma nota sobre o Zoológico da Antuérpia no dia 3 de abril. (Neste ano, porém, não foram encontradas mais notas sobre o tema no acervo do jornal) |
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Médico psiquiatra Franco da Rocha defende construção de zoo em São Paulo
TÍTULO | Jardim Zoologico |
AUTOR | Franco da Rocha |
DATA | 14 de março de 1924 |
LOCAL | São Paulo |
FONTE | O Estado de S.Paulo |
REPOSITÓRIO | |
DESCRIÇÃO |
Texto de duas colunas no canto superior esquerdo da página, portanto, lugar de destaque, defendendo a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. É assinado por Franco da Rocha, médico psiquiatra. A falta de um jardim zoológico se dá, segundo o texto, na medida em que “não sobram” na cidade lugares de “diversões inocentes” e de “passatempo instrutivo”. Entre os argumentos a favor da construção, está a crença de que haveria particulares interessados na construção e um público disposto a pagar ingresso para a manutenção do espaço. Além disso, para Franco da Rocha, a fauna do país está sendo destruída por caçadores e pelo Estado (que tentam combater o problema apenas criando leis que não são cumpridas). Em outra coluna, Franco da Rocha já criticava o desmatamento de áreas da cidade e clamava pela criação de uma sociedade/um grupo que defendesse a conservação das florestas. A construção de um zoo cumpriria a necessidade de reunir as espécies que em breve deveriam entrar em extinção no país, portanto. Entre os argumentos contra (que, na opinião do texto, é contornável) está a “maldita praga” do jogo do bicho. Franco da Rocha fala da humilhação: “Não deixa de ser um pouquinho humilhante a ausência de um Jardim Zoológica na terra dos bandeirantes – no Estado em cujo estandarte se inscreveu o lema heráldico: “Non ducor, duco” [“Não Sou Conduzido, Conduzo”]. Um zoológico em SP deveria ser, segundo a coluna, feito talvez sem o uso de grades (que enferrujam, enfeiando o espaço e colocando os visitantes em risco), como acontece no Rio de Janeiro –experiência essa que parece ter tido lugar em Sidney: “Os modernos Jardins Zoológicos guardam suas feras em áreas fechadas por fossos de feitios especial, bem estudado, que os animais não podem em caso algum saltar e transpor, de modo que essas prisões disfarçadas dão ao visitante a impressão de que os animais estão soltos, como vivem no seu habitat natural” Importante notar que o autor usa o termo “prisão” para se referir à condição animal no zoo e deixa claro que o animal não se sente livre em ambientes que simulam o habitat natural dos animais, mas, sim, que os visitante têm essa impressão. |