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Efeméride lembra conversão do Jardim Público da Luz em Jardim botânico e zoológico

 

TÍTULO 1889
AUTOR Desconhecido
DATA 27 de março de 1941
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO Efeméride publicada no Estadão lembra que, em março de 1941, o governo, por ao ato legislativo, ficou autorizado a converter o Jardim Público, no bairro da Luz, em Jardim Botânico e Zoológico, “onde serão cultivados e criados os ? da flora e fauna do Estado”

 

Zoos têm função recreativa, de estudo e patriótica, diz Nuto Sant’Anna

TÍTULO Jardins Zoologicos
AUTOR Nuto Sant’Anna
DATA 31 de janeiro de 1940
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão 
DESCRIÇÃO Apenas identificado como relacionado ao Departamento de Cultura, Nuto Sant’anna escreve um artigo de opinião defendendo a construção de um  zoológico na cidade e também fazendo um pequeno levantamento histórico das instituições que tiveram cunho similar no país.

Volta a colocar como argumento que outras grandes cidades já possuem um zoológico e que ele é importante para que os animais possam ser conhecidos após sua extinção pelos caçadores de devastadores de matas. É um argumento similar ao utilizado muitas vezes na história da antropologia para o estudo de populações indígenas. Segundo essa linha de pensamento, é preciso estudar as populações aborígenes antes que elas sejam “aculturadas”. No campo da antropologia, essa visão já caiu por terra, já que as culturas são dinâmicas, não estáticas.

Sant’Anna cita o valor recreativo, educativo e patriótico do zoológico.

Entre os jardins zoológicos que faz menção estão:
* O Zoo do Rio de Janeiro (Barão Drumond) – já em estado desolado. Segundo Sant’Anna, os animais não sofrem lá de nostalgia de liberdade, mas de nostalgia dos tempos glórios do zoo
* O Jardim Botânico de São Paulo, Jardim da Luz, que contava com animais herbívoros somente – uma ema que comia moedas (!) dadas pelos visitantes, macacos que depois, sob ordem da Prefeitura foram para lugar “menos público”
* O Jardim da Aclimação em São Paulo – que também está abandonado, com cubículos inadequados e anti higiênicos para os animais (urso e onça esquálidos)
* Granja Julieta, do “capitalista Manuel Caetano de Almeida”, que está em bom estado e que por pouco não foi vendido para a prefeitura (não foi, segundo o artigo, porque alguns bradaram que a cidade precisava de outras coisas -como hospitais-, não zoológicos.

Menciona também que em 1896 Eugênio Ferreira entrou em contato com a Prefeitura de SP para a construção de um zoo municipal. Ele buscava trazer para a cidade o jogo do bicho. O pedido lhe foi negado.

 

Zoológicos de Lisboa e do Rio de Janeiro: exemplos para a criação de um zoo em São Paulo no século 19

Este é um trecho da dissertação de mestrado “Rastros: A Constituição do Zoológico de São Paulo na Imprensa Paulistana”, defendida na Universidade Estadual de Campinas em 2015 por Luísa Pessoa. Não encontramos registros do século XIX que apontassem a existência, mesmo que amadora, de uma área pública voltada à exposição de animais na cidade São Paulo[1]. No entanto, algumas notas…

Jornalista defende construção de zoológico em São Paulo como ponto de divertimento

TÍTULO Coisas da Cidade – Jardim Zoológico
AUTOR Plínio Barreto
DATA 20 de fevereiro de 1923
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Autor da coluna “Coisas da Cidade”, Plínio Barreto volta a defender a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. Segundo ele, a empreitada se justificaria pelo tamanho de São Paulo, já uma metrópole de 600 mil habitantes, e a necessidade de divertimentos para a população. Segundo ele, junto com o zoo, poderia também ser feito um Jardim Botânico, há que, se “as feras atraem muitos curiosos, as plantas não interessam senão a uma pequena parte do público.”

COISAS DA CIDADE
JARDIM ZOOLOGICO
Por que não se funda, em S.Paulo, um jardim zoológico?
É esta pergunta que me fazem, com frequência, vários correspondentes, os quaes sempre se estendem em considerações, mais ou menos razoáveis, para justificar a necessidaade de um estabelecimento desses nesta capital.
Mas haveria mesmo quem precise ainda de novos argumentos para se convencer da utilidade e necessidade de um jardim zoológico em s.Paulo?
A nossa capital: -não há mal nenhum em repetir-se isso- já é uma grande metrópole, com 600.000 habitantes . Ora, para essa população enorme, que tende a crescer enormemente dentro de algumas dezenas de annos, quaes os divertimentos que se contam aqui?
Pouquíssimos. Fôra as partidas de futebol, os cinemas, os espectaculos nos theatros, o publico que sae de casa aos domingos, só tem para se espairecer e divertir o jardim da Luz e os outros parques, em nenhum dos quaes existem divertimentos verdadeiramente attrahentes. No jardim da Luz e no jardim de Acclimação ainda se encontram alguns animaes interessantes, que, apesar de serem sempre os mesmos e pouquissimos e estarem por isso muito vistos e revistos, attraem grande concorrencia de curiosos diante das suas grades. Já isto esta mostrando quanto seria concorrido um jardim zoológico que aqui se fundasse, e que todos os dias se fosse enriquecendo de novos exemplares da nossa fauna. Podia-se estabelecer, no próprio jardim zoologico, um jardim botanico de que temos também muita necessidade. E o publico lucraria assim duplamente, conhecendo a um tempo a nossa fauna interessantissima e a nossa riquissima flora. Quer-nos parecer que a única maneira de se fazer um jardim botanico é assim, ao lado de um jardim zoologico, a não ser que não se faça questão de ver, naquele, grande concorrencia do povo. Porque a verdade é que, se as fêras ttraem muitos curiosos, as plantas não interessam senão a uma pequena parte do publico. Aquelle que estuda a botanica ou se interessa pela flora.
Que se fundasse, porém, o jardim zoológico, com os melhores elementos existentes em S.Paulo, sobretudo com alguns particulares que decerto não recusariam vender as suas colecções ao municipio; o Jardim Botanico viria depois. E a população teria um excellente ponto de divertimento, vendo animaes de que se tem notícia so pelos livros, e os estrangeiros poderiam admirar a riqueza incrível da nossa fauna.
Assinado por P.

Presidente da província de SP incumbe botânico de estudo para zoo

TÍTULO  Parte Official, Expediente da presidencia
AUTOR desconhecido
DATA  20 de setembro de 1888
LOCAL  zoológico da Antuérpia (Bélgica)
FONTE  jornal “Correio Paulistano”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO  Presidente da província de São Paulo, Pedro Vicente de Azevedo, incumbe o botânico Alberto Loefgreen de realizar estudos para a conversão do Jardim Público (atual Jardim da Luz) em um parque zoológico e botânico “em proveito da instrucção e sem que o publico fique privado de tel-o como recreio”. 

 

Botânico sueco propõe criação de zoológico em São Paulo

TÍTULO  Jardim Publico
AUTOR desconhecido
DATA  4 de março 1888
LOCAL Jardim Publico (Jardim da Luz), São Paulo
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO Alberto Loefgreen (botânico sueco, 1854-1918) apresenta projeto na Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo para transformar o Jardim Publico (atual Jardim da Luz) em um jardim zoológico e botânico. O jornal “A Província de São Paulo” posiciona-se contra a proposta, ao considerar que outros terrenos da cidade poderiam se destinar a esse fim. 

 

 

Autorizada conversão do Jd. da Luz em zoológico

TÍTULO  Assemblea Provincial, Projecto n. 226
AUTOR desconhecido
DATA  14 de abril de 1888
LOCAL Jardim Público (Jardim da Luz), São Paulo
FONTE  jornal “Correio Paulistano”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO  Assembleia provincial autoriza conversão do Jardim da Luz em um Jardim Zoológico e Botânico, “onde serão cultivados e creados os productos da flora e fauna da província”. 

 

Aves do Jardim Público de São Paulo viram alvo de vandalismo

TÍTULO Vandalismo
AUTOR desconhecido
DATA 2 de maio 1884
LOCAL São Paulo, São Paulo
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
 Nota denuncia vandalismo e violência contra aves do Jardim Público (Jardim da Luz), em São Paulo. Texto correlaciona a violência contra os animais e a “selvageria” e os “typos que representantam a triste e atrazada civilisação desta santa terra bragantina”

 

 

Aves são doadas para Jardim Público de São Paulo

TÍTULO  Aves Aquaticas
AUTOR desconhecido
DATA 4 de janeiro de 1880
LOCAL São Paulo, São Paulo
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO Cisne e espécie da família da cegonha são doadas por José Luciano Barbosa (que esteve envolvido na criação de um museu provincial em 1877 em uma das salas do Palácio do Governo de São Paulo) a Antônio Bernardo Quartim,  diretor do Jardim Público de São Paulo (Jardim da Luz). O jornal vê aí início de “alguma cousa que tivesse ares de um jardim zoologico”.