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Museu Zoológico de São Paulo expõe “a onça e o caboclo”

 

TÍTULO  Grande Exposição do Museu Zoológico
AUTOR  Desconhecido (publicidade)
DATA  20 de janeiro de 1906
LOCAL  São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO  Museu Zoológico da cidade de São Paulo monta exposição sobre “montanhas e lagos, com todos os seus habitantes”, incluindo “a onça e o caboclo”. O endereço do rua Florêncio de Abreu, 20-A. Trata-se do mesmo museu de propriedade de José Pilar & Sá.

 

Museu Zoológico com animais empalhados é inaugurado no centro de São Paulo

 

TÍTULO  Museu Zoologico
AUTOR  Desconhecido
DATA  24 de dezembro de 1905
LOCAL  São Paulo, São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO
Museu Zoológico, de propriedade dos senhores José Pilar & Sá, é inaugurado na rua Florêncio de Abreu.
Segundo a nota, trata-se da exposição de bichos empalhados, que “conservam atitudes naturais, dando muitos deles a ilusão da vida”: é lugar “altamente interessante e curioso” que “merece ser visitado”.
 

 

Leopardo escapa do jardim da quinta das Laranjeiras, em Lisboa, e é morto por soldados

 

TÍTULO  Caça ao Leopardo
AUTOR  Desconhecido
DATA  6 de setembro de 1905
LOCAL  Lisboa, Portugal
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Jornal relata “caso sensacional” ocorrido em Lisboa (Portugal) de leopardo que, ao ser transferido para um novo parque e uma nova jaula, consegue escapar. São acionadas a polícia, a força de cavalaria e infantaria da guarda municipal para cercar o jardim, encontrando o leopardo “descansando tranquilamente” em um propriedade vizinha ao zoo da quinta das Laranjeiras. Ao ser atingido pela primeira vez pelas balas, o leopardo foge. Depois, ao ser novamente baleado, corre em direção à força militar e finalmente é morto.
Reportagem pode ser lida como um exemplo do tratamento dado aos animais que fugiam de zoos no início do século 20. Já de princípio considerado “feroz”, o único destino possível ao leopardo é a morte. 

Vale comparar a narrativa da reportagem do Estadão com a do Correio Paulistano (abaixo). 

 

 

TÍTULO  Carta de Lisboa (nota da coluna)
AUTOR  Desconhecido
DATA 8 de setembro de 1905
LOCAL  Lisboa, Portugal
FONTE Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Reportagem do Correio Paulistano traz mais alguns detalhes da fuga de leopardo e de sua procedência (fora um presente ao rei do governador geral de Moçambique, Azevedo Coutinho). O animal teria fugido de uma jaula cuja construção ainda estava incompleta e, depois, ficara passeando “serena e elegante, gozando as delicias da liberdade” até ser alvejado por soldados.

Tanto no relato do Correio Paulistano quanto no Estadão, no entanto, é possível perceber como o leopardo mantém uma atitude “tranquila” (até ser atacado), enquanto os humanos estão extremamente nervosos, atrapalhados e despreparados frente à situação (até mesmo ferindo um soldado à bala). 

 

Câmara Municipal de São Paulo discute requerimento para criação de um zoo na Avenida Paulista

 

TÍTULO  Camara Municipal (nota)
AUTOR  Desconhecido
DATA  6 de setembro de 1903
LOCAL  São Paulo, São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Segundo nota em coluna, foi indeferido (não aceito) “os requerimentos de d. Margarida Álvares de Lima [provavelmente a esposa de Joaquim Eugenio de Lima], propondo à Câmara [de Vereadores de São Paulo] a venda de um terreno de sua propriedade na Avenida Paulista para o estabelecimento de um jardim botânico e zoológico”.

 

Com “cruzamentos improváveis”, Carl Hagenbeck busca animais de trabalho mais resistentes

 

TÍTULO  Mercado de Feras
AUTOR  Desconhecido
DATA  2 de janeiro de 1903
LOCAL  Hamburgo, Alemanha
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Matéria apresenta o comércio de animais de Carl Hagenbeck na cidade portuária de Hamburgo (Alemanha), que abastece circos ambulantes e jardins zoológicos da Europa e da América. O empresário é descrito como alguém que fez “uma verdadeira escola de domagem e ensino”, e são apresentados os valores de cada animal, sendo o hipopótamo o mais caro (18 mil marcos).
Segundo a reportagem, Hagenbeck também fazia experiências com “cruzamentos improváveis”, como o de uma égua com uma zebra, buscando animais resistentes para trabalhos comumente feitos por outras espécies já domesticadas. O texto não menciona nenhum interesse científico em relação aos animais,
Também é informado que Hagenbeck fundou em Stelling, perto de Hamburgo, “um vasto parque onde mantem em meia liberdade um grande número de espécies exóticas” que “não parecem sentir a diferença do clima e dellas (?) ao poderia tirar partido para a alimentação, para a agricultura e mesmo para a raça (…) Em suma, o estabelecimento do sr. Hagenbeck apresenta um interesse que muito excede o de simples curiosidade”.

 

Elefante nana bebê de treinador em zoo de Nova York (EUA)

 

TÍTULO  Notícias Diversas [nota]
AUTOR  Desconhecido
DATA  1 de fevereiro 1902
LOCAL  Zoológico de Glen Island, Nova York (EUA)
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

A elefante Bazel do Zoológico de Glen Island, em Nova York, nana bebê de seu treinador (que estava em um carrinho) com delicadeza com sua “monstruosa tromba”, para a surpresa dos visitantes. É “o mais bello modelo vivo para as futuras mães de família.”

Um notícia similar publicada em um jornal americano coloca o episódio em outra data. É possível encontrar a elefante com o nome em outras grafias (Basil, Basel)

 

Joviano Azevedo e Victor/Heitor Machado fazem requerimento para construção de zoo na Penha, em São Paulo

 

TÍTULO -Não anotado- 
AUTOR  Desconhecido
DATA  28 de agosto de 1900
LOCAL  São Paulo, São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo 
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Prefeito de São Paulo remete ao presidente e vereadores da Câmara Municipal um requerimento de Joviano Azevedo e Victor Machado para a construção de um Jd. Zoológico, na freguesia da Penha, em território de sua propriedade.

 

 

TÍTULO -Não anotado- 
AUTOR  Desconhecido
DATA 4 de dezembro de 1900
LOCAL  São Paulo, São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo 
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Câmara Municipal de São Paulo discute requerimento de Joviano Azevedo e Heitor Machado (observe-se mudança de Victor em nota anterior para Heitor) para a construção de um jardim zoológico no bairro da Penha “ou em qualquer subúrbio da capital”.

Projeto de lei propõe parque na várzea do Carmo com exibição de animais

 

TÍTULO  Notícias diversas
AUTOR Desconhecido (descrição da sessão da Camara Municipal) 
DATA  2 de agosto de 1899
LOCAL  São Paulo, São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo 
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Câmara Municipal de São Paulo recebe projeto de lei para parque na Várzea do Carmo prevendo a exibição de animais para um futuro zoo. Em seu artigo 6º, assim está previsto: [o parque deve] “reservar um lugar para a provisória exibição de animais de modo a futuramente se converter em museu zoológico da municipalidade”.

 

Abençoado o jogo, diz cronista sobre zoo do Rio de Janeiro

 

TÍTULO  Diario do Rio
AUTOR  O.B.
DATA  28 de junho de 1898
LOCAL  Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Cronista menciona sua visita ao zoológico do Rio de Janeiro e elogia os jogos (no caso, um frontão e um boliche) que garantiam rendimento ao estabelecimento e, assim, a alimentação dos animais e a manutenção do espaço:
Talvez sem se dar conta, o cronista também mostra como o público rapidamente perde o interesse nos animais, que vivem melhor sem serem importunados pela curiosidade do povo:

“Quando a polícia, ardendo em zelo, prohibiu ha alguns annos, o jogo no Zoologico, começou a desenrolar-se alli uma tragedia dolorosa. Foi a tragedia do fim de um mundo, em todo o seu horror. Sem jogo, não havia dinheiro; sem dinheiro, não havia alfafa, nem milho, nem alpiste, nem farello. E o jardim se encheu daquele chôro e ranger de dentes, de que falla a Bíblia. O chôro era a humilde manifestação do pezar dos macacos e das avez; o ranger dos dentes era a colerica e formidavel lamentação dos tigres e das onças. E o que mais doía era ver os macacos, magros, pellados, com lagrimas humanas nos olhos, coçando desesperadamente o coccyx, guinchando a sua fome e a sua tortura…
Agora, que bello! têm os bichos comida farta, e, o que mais é, socego. Socego completo, absoluto, ineffavel!
Os animaes estão livres da curiosidade e das importunações do povo, que não arréda pé do frontão e do boliche, acompanhando as peripecias commovedoras das partidas de pelota e bola.