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Vereador de São Paulo propõe projeto para construção de zoológico

 

TÍTULO Camara Municipal
AUTOR Desconhecido
DATA 15 de agosto de 1926
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO Acervo Estadão
DESCRIÇÃO

Vereador da Câmara de SP, Innocêncio Seraphico, inspirado em artigo de Franco da Rocha, propõe projeto que autoriza a criação de um zoo municipal em São Paulo pelo prefeito

Propõe que a comissão administrativa para a construção do zoo seja composta por: Franco da Rocha, Carlos Botelho (a quem pertenceu o jardim da Aclimação até 1939)Sérgio Meira Filho (médico), Rodolpho Ihering (zoólogo e biólogo) , Manuel de Almeida (proprietário de zoo amador) e Américo de Barros.

No dia 22 de agosto, o projeto foi aprovado.

Empresário Carlos Joppert aluga área no Parque Antarctica para construção de zoo em São Paulo

TÍTULOJardim Zoologico
AUTORDesconhecido
DATA19 de março de 1926
LOCALSão Paulo
FONTEO Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃOEmpresário Carlos Joppert aluga por 10 anos área no Parque Antártica para a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. Não foram encontradas outras referências sobre a empreitada, o que leva a crer que ela não foi bem-sucedida.

Colunista do Estadão apoia construção de zoo defendida por Franco da Rocha

TÍTULO Coisas da Cidade – Jardim Zoologico
AUTOR Plínio Barreto
DATA 2 de abril de 1924
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Poucos dias após a publicação de uma coluna de Franco da Rocha, em que o médico defendia a construção de um jardim zoológico na cidade de São Paulo, o colunista Plínio Barreto retoma o assunto no Estadão.

Além de comentar sobre a grande quantidade de cartas que o jornal recebeu apoiando a ideia expressa pelo psiquiatra, traz ainda mais argumentos para a presença de um zoo na cidade: a criação de um espaço verde, quase uma “mata”, ou seja, não local  de “muito gramado e poucas árvores”, mas “um verdadeiro bosque”, em uma cidade que, em constante urbanização, perde seus espaços para lotes de construção.

E volta ao argumento dos animais em vias de extinção no Brasil.

Como o jornal observa interesse popular pelo tema, diz que irá publicar, em pequenas notas, informações sobre zoológicos de outros países.

Sobre esse tema, é escrita uma nota sobre o Zoológico da Antuérpia no dia 3 de abril. (Neste ano, porém, não foram encontradas mais notas sobre o tema no acervo do jornal)

Médico psiquiatra Franco da Rocha defende construção de zoo em São Paulo

TÍTULO Jardim Zoologico
AUTOR Franco da Rocha
DATA 14 de março de 1924
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Texto de duas colunas no canto superior esquerdo da página, portanto, lugar de destaque, defendendo a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. É assinado por Franco da Rocha, médico psiquiatra.

A falta de um jardim zoológico se dá, segundo o texto, na medida em que “não sobram” na cidade lugares de “diversões inocentes” e de “passatempo instrutivo”.

Entre os argumentos a favor da construção, está a crença de que haveria particulares interessados na construção e um público disposto a pagar ingresso para a manutenção do espaço. Além disso, para Franco da Rocha, a fauna do país está sendo destruída por caçadores e pelo Estado (que tentam combater o problema apenas criando leis que não são cumpridas). Em  outra coluna, Franco da Rocha já criticava o desmatamento de áreas da cidade e clamava pela criação de uma sociedade/um grupo que defendesse a conservação das florestas. A construção de um zoo cumpriria a necessidade de reunir as espécies que em breve deveriam entrar em extinção no país, portanto.

Entre os argumentos contra (que, na opinião do texto, é contornável) está a “maldita praga” do jogo do bicho.

Franco da Rocha fala da humilhação: “Não deixa de ser um pouquinho humilhante a ausência de um Jardim Zoológica na terra dos bandeirantes – no Estado em cujo estandarte se inscreveu o lema heráldico: “Non ducor, duco” [“Não Sou Conduzido, Conduzo”].

Um zoológico em SP deveria ser, segundo a coluna, feito talvez sem o uso de grades (que enferrujam, enfeiando o espaço e colocando os visitantes em risco), como acontece no Rio de Janeiro –experiência essa que parece ter tido lugar em Sidney: “Os modernos Jardins Zoológicos guardam suas feras em áreas fechadas por fossos de feitios especial, bem estudado, que os animais não podem em caso algum saltar e transpor, de modo que essas prisões disfarçadas dão ao visitante a impressão de que os animais estão soltos, como vivem no seu habitat natural”

Importante notar que o autor usa o termo “prisão” para se referir à condição animal no zoo e deixa claro que o animal não se sente livre em ambientes que simulam o habitat natural dos animais, mas, sim, que os visitante têm essa impressão. 

Jornalista defende construção de zoológico em São Paulo como ponto de divertimento

TÍTULO Coisas da Cidade – Jardim Zoológico
AUTOR Plínio Barreto
DATA 20 de fevereiro de 1923
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Autor da coluna “Coisas da Cidade”, Plínio Barreto volta a defender a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. Segundo ele, a empreitada se justificaria pelo tamanho de São Paulo, já uma metrópole de 600 mil habitantes, e a necessidade de divertimentos para a população. Segundo ele, junto com o zoo, poderia também ser feito um Jardim Botânico, há que, se “as feras atraem muitos curiosos, as plantas não interessam senão a uma pequena parte do público.”

COISAS DA CIDADE
JARDIM ZOOLOGICO
Por que não se funda, em S.Paulo, um jardim zoológico?
É esta pergunta que me fazem, com frequência, vários correspondentes, os quaes sempre se estendem em considerações, mais ou menos razoáveis, para justificar a necessidaade de um estabelecimento desses nesta capital.
Mas haveria mesmo quem precise ainda de novos argumentos para se convencer da utilidade e necessidade de um jardim zoológico em s.Paulo?
A nossa capital: -não há mal nenhum em repetir-se isso- já é uma grande metrópole, com 600.000 habitantes . Ora, para essa população enorme, que tende a crescer enormemente dentro de algumas dezenas de annos, quaes os divertimentos que se contam aqui?
Pouquíssimos. Fôra as partidas de futebol, os cinemas, os espectaculos nos theatros, o publico que sae de casa aos domingos, só tem para se espairecer e divertir o jardim da Luz e os outros parques, em nenhum dos quaes existem divertimentos verdadeiramente attrahentes. No jardim da Luz e no jardim de Acclimação ainda se encontram alguns animaes interessantes, que, apesar de serem sempre os mesmos e pouquissimos e estarem por isso muito vistos e revistos, attraem grande concorrencia de curiosos diante das suas grades. Já isto esta mostrando quanto seria concorrido um jardim zoológico que aqui se fundasse, e que todos os dias se fosse enriquecendo de novos exemplares da nossa fauna. Podia-se estabelecer, no próprio jardim zoologico, um jardim botanico de que temos também muita necessidade. E o publico lucraria assim duplamente, conhecendo a um tempo a nossa fauna interessantissima e a nossa riquissima flora. Quer-nos parecer que a única maneira de se fazer um jardim botanico é assim, ao lado de um jardim zoologico, a não ser que não se faça questão de ver, naquele, grande concorrencia do povo. Porque a verdade é que, se as fêras ttraem muitos curiosos, as plantas não interessam senão a uma pequena parte do publico. Aquelle que estuda a botanica ou se interessa pela flora.
Que se fundasse, porém, o jardim zoológico, com os melhores elementos existentes em S.Paulo, sobretudo com alguns particulares que decerto não recusariam vender as suas colecções ao municipio; o Jardim Botanico viria depois. E a população teria um excellente ponto de divertimento, vendo animaes de que se tem notícia so pelos livros, e os estrangeiros poderiam admirar a riqueza incrível da nossa fauna.
Assinado por P.

Inspirado em curta-metragem sobre zoo de Nova York, cronista defende construção de zoológico em São Paulo

TÍTULO Coisas da Cidade – Um Jardim Zoologico
AUTOR Plínio Barreto – autoria identificada a partir de artigo da pesquisadora Santiago de Andrade. O autor só de identifica no recorte pela letra “P”.
DATA 24 de julho de 1920
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Jornalista Plínio Barreto, cronista e autor da coluna Coisas da Cidade, apoia abertamente a construção de um Jardim Zoológico na cidade de São Paulo.

A ideia veio a partir de um curta-metragem (de dez ou quinze minutos), exibido no Cinema Central, sobre o Jardim zoológico de Nova York.

Diante daquelas cenas e figuras que tanto interessavam e divertiam o público do Central, a pergunta de muita gente foi esta:
– Por que não se faz em São Paulo um Jardim Zoológico?
Sim: porque não se havia de firmar aqui um jardim desses, onde aos poucos fossemos reunindo os exemplares mais interessantes da nossa fauna? – Em todas as grandes cidades, onde existe um jardim zoológico, é esse um dos pontos mais visitados pelo povo, que sempre encontra ali o que ver e comentar, e pelos estrangeiros, que esperam ver exemplares nunca vistos nos seus países.

A reportagem diz que no Brasil não existe um só Jardim Zoológico, sem fazer nenhuma menção ao do Rio de Janeiro. Diz também que, sobre a “utilidade e vantagem de um jardim zoologico numa grande cidade brasileira como São Paulo (…) não já duas opiniões”, sem apresentar argumentos.

Circo zoológico norte-americano de Anthony Lowande faz sucesso de público em São Paulo

TÍTULO Jardim Zoológico
AUTOR Desconhecido
DATA 19 de agosto de 1919
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Durante todo o mês de agosto (nos dias 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 20, 22,  24, 25, 26, 27, 28  ) é noticiado o sucesso de público do circo zoológico norte-americano, de propriedade de Anthony Lowande.

No dia 8, também é publicado um apanhado da programação, que repete algumas informações dada no mês anterior (e complementa dizendo que o circo foi montado numa área de 10 mil metros de terreno). No dia 10 de agosto, há uma breve menção falando que o circo também realiza uma “exposição de feras”.

Interessante notar que as notícias sobre as apresentações do circo zoológico estavam na mesma retranca, ou seja, reunidas sob o mesmo título, de espetáculos teatrais e de cinema:  “Palcos e Circos”.

No dia 19 de agosto, é dada uma opinião sobre espetáculo que acontecia na cidade, assim como informações mais detalhadas sobre a programação.

Entre os animais da “exposição zoológica”, considerada “um espetáculo e dos mais instrutivos”, estavam elegantes, tigres, hienas, camelos, macacos e cabras.

Em outubro de 1919, o mesmo circo seria montado na esquina da avenida Duque de Caxias com a alameda Barão de Limeira, no centro de São Paulo.

Circo contrata trabalhadores em São Paulo para montagem de lona

 

TÍTULO 40 trabalhadores / Jardim Zoologico / Aviso Importante
AUTOR Desconhecido (classificado)
DATA 16 de julho de 1919
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Em classificado, circo de Anthony Lowande (sendo representado por Francisco Peyres) busca trabalhadores e fornecedores de comida para a instalação da lona no centro da cidade de São Paulo.

 

Circo com “pirâmide de animais” chega a São Paulo

 

TÍTULO Jardim Zoologico Norte-Americano
AUTOR Desconhecido
DATA 12 de julho de 1919
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Notícia anuncia vinda de circo para São Paulo de propriedade de Anthony Lowande (representado no Brasil por Francisco Peyres), com 120 funcionários e 180 animais “amestrados” e “raros”.

O circo ficaria instalado na Varzea do Carmo, ao lado da Estação da Cantareira.

Segundo a notícia, o circo chega à capital após uma temporada de três meses de Buenos Aires, onde seus espetáculos foram vistos por cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Entre as “novidades” está a pirâmide de animais (feita numa jaula de 15 metros), por elefantes, leões, tigres, ursos, panteras, cabras e cachorros alemães (“todos eles trabalhando em comum sob as ordens do respectivo domador”).

Vale notar como não existe distinção na notícia dos termos zoológico e circo. A presença de animais parece transformar automaticamente o circo em um zoológico.


O nome de Francisco Peyres aparece nas buscas como um empresário brasileiro ligado a espetáculos públicos. Em 1921, por exemplo, ele tentou derrubar a legislação que proibia touradas na cidade, sem sucesso.

Já Anthony [ou Tony] Lowande (ao que tudo indica, filho de Martinho Lowande, brasileiro), era um artista de circo especializado na monta de cavalos.

 

Leão foge de zoológico de Porto Alegre, leva tiro de raspão e é recapturado a laço

 

TÍTULO Leão em Liberdade
AUTOR Desconhecido
DATA 24 de março de 1919
LOCAL Porto Alegre
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Leão africano foge de jaula em zoológico de Porto Alegre e depois é recapturado a laço. Apesar de o jornal reportar a tranquilidade do animal, o leão levou um tiro de raspão de um particular que ficou assustado.

“Com um rapido movimento, o leão abriu-as [as portas], pondo-se em liberdade. Logo que se achou no parque do Jardim, a fera sahiu a caminhar lentamente pelos passeios.”