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Colunista do Estadão apoia construção de zoo defendida por Franco da Rocha

TÍTULO Coisas da Cidade – Jardim Zoologico
AUTOR Plínio Barreto
DATA 2 de abril de 1924
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Poucos dias após a publicação de uma coluna de Franco da Rocha, em que o médico defendia a construção de um jardim zoológico na cidade de São Paulo, o colunista Plínio Barreto retoma o assunto no Estadão.

Além de comentar sobre a grande quantidade de cartas que o jornal recebeu apoiando a ideia expressa pelo psiquiatra, traz ainda mais argumentos para a presença de um zoo na cidade: a criação de um espaço verde, quase uma “mata”, ou seja, não local  de “muito gramado e poucas árvores”, mas “um verdadeiro bosque”, em uma cidade que, em constante urbanização, perde seus espaços para lotes de construção.

E volta ao argumento dos animais em vias de extinção no Brasil.

Como o jornal observa interesse popular pelo tema, diz que irá publicar, em pequenas notas, informações sobre zoológicos de outros países.

Sobre esse tema, é escrita uma nota sobre o Zoológico da Antuérpia no dia 3 de abril. (Neste ano, porém, não foram encontradas mais notas sobre o tema no acervo do jornal)

Jornalista defende construção de zoológico em São Paulo como ponto de divertimento

TÍTULO Coisas da Cidade – Jardim Zoológico
AUTOR Plínio Barreto
DATA 20 de fevereiro de 1923
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Autor da coluna “Coisas da Cidade”, Plínio Barreto volta a defender a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. Segundo ele, a empreitada se justificaria pelo tamanho de São Paulo, já uma metrópole de 600 mil habitantes, e a necessidade de divertimentos para a população. Segundo ele, junto com o zoo, poderia também ser feito um Jardim Botânico, há que, se “as feras atraem muitos curiosos, as plantas não interessam senão a uma pequena parte do público.”

COISAS DA CIDADE
JARDIM ZOOLOGICO
Por que não se funda, em S.Paulo, um jardim zoológico?
É esta pergunta que me fazem, com frequência, vários correspondentes, os quaes sempre se estendem em considerações, mais ou menos razoáveis, para justificar a necessidaade de um estabelecimento desses nesta capital.
Mas haveria mesmo quem precise ainda de novos argumentos para se convencer da utilidade e necessidade de um jardim zoológico em s.Paulo?
A nossa capital: -não há mal nenhum em repetir-se isso- já é uma grande metrópole, com 600.000 habitantes . Ora, para essa população enorme, que tende a crescer enormemente dentro de algumas dezenas de annos, quaes os divertimentos que se contam aqui?
Pouquíssimos. Fôra as partidas de futebol, os cinemas, os espectaculos nos theatros, o publico que sae de casa aos domingos, só tem para se espairecer e divertir o jardim da Luz e os outros parques, em nenhum dos quaes existem divertimentos verdadeiramente attrahentes. No jardim da Luz e no jardim de Acclimação ainda se encontram alguns animaes interessantes, que, apesar de serem sempre os mesmos e pouquissimos e estarem por isso muito vistos e revistos, attraem grande concorrencia de curiosos diante das suas grades. Já isto esta mostrando quanto seria concorrido um jardim zoológico que aqui se fundasse, e que todos os dias se fosse enriquecendo de novos exemplares da nossa fauna. Podia-se estabelecer, no próprio jardim zoologico, um jardim botanico de que temos também muita necessidade. E o publico lucraria assim duplamente, conhecendo a um tempo a nossa fauna interessantissima e a nossa riquissima flora. Quer-nos parecer que a única maneira de se fazer um jardim botanico é assim, ao lado de um jardim zoologico, a não ser que não se faça questão de ver, naquele, grande concorrencia do povo. Porque a verdade é que, se as fêras ttraem muitos curiosos, as plantas não interessam senão a uma pequena parte do publico. Aquelle que estuda a botanica ou se interessa pela flora.
Que se fundasse, porém, o jardim zoológico, com os melhores elementos existentes em S.Paulo, sobretudo com alguns particulares que decerto não recusariam vender as suas colecções ao municipio; o Jardim Botanico viria depois. E a população teria um excellente ponto de divertimento, vendo animaes de que se tem notícia so pelos livros, e os estrangeiros poderiam admirar a riqueza incrível da nossa fauna.
Assinado por P.

Inspirado em curta-metragem sobre zoo de Nova York, cronista defende construção de zoológico em São Paulo

TÍTULO Coisas da Cidade – Um Jardim Zoologico
AUTOR Plínio Barreto – autoria identificada a partir de artigo da pesquisadora Santiago de Andrade. O autor só de identifica no recorte pela letra “P”.
DATA 24 de julho de 1920
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Jornalista Plínio Barreto, cronista e autor da coluna Coisas da Cidade, apoia abertamente a construção de um Jardim Zoológico na cidade de São Paulo.

A ideia veio a partir de um curta-metragem (de dez ou quinze minutos), exibido no Cinema Central, sobre o Jardim zoológico de Nova York.

Diante daquelas cenas e figuras que tanto interessavam e divertiam o público do Central, a pergunta de muita gente foi esta:
– Por que não se faz em São Paulo um Jardim Zoológico?
Sim: porque não se havia de firmar aqui um jardim desses, onde aos poucos fossemos reunindo os exemplares mais interessantes da nossa fauna? – Em todas as grandes cidades, onde existe um jardim zoológico, é esse um dos pontos mais visitados pelo povo, que sempre encontra ali o que ver e comentar, e pelos estrangeiros, que esperam ver exemplares nunca vistos nos seus países.

A reportagem diz que no Brasil não existe um só Jardim Zoológico, sem fazer nenhuma menção ao do Rio de Janeiro. Diz também que, sobre a “utilidade e vantagem de um jardim zoologico numa grande cidade brasileira como São Paulo (…) não já duas opiniões”, sem apresentar argumentos.