Tag: São Paulo

Circo com “pirâmide de animais” chega a São Paulo

 

TÍTULO Jardim Zoologico Norte-Americano
AUTOR Desconhecido
DATA 12 de julho de 1919
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Notícia anuncia vinda de circo para São Paulo de propriedade de Anthony Lowande (representado no Brasil por Francisco Peyres), com 120 funcionários e 180 animais “amestrados” e “raros”.

O circo ficaria instalado na Varzea do Carmo, ao lado da Estação da Cantareira.

Segundo a notícia, o circo chega à capital após uma temporada de três meses de Buenos Aires, onde seus espetáculos foram vistos por cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Entre as “novidades” está a pirâmide de animais (feita numa jaula de 15 metros), por elefantes, leões, tigres, ursos, panteras, cabras e cachorros alemães (“todos eles trabalhando em comum sob as ordens do respectivo domador”).

Vale notar como não existe distinção na notícia dos termos zoológico e circo. A presença de animais parece transformar automaticamente o circo em um zoológico.


O nome de Francisco Peyres aparece nas buscas como um empresário brasileiro ligado a espetáculos públicos. Em 1921, por exemplo, ele tentou derrubar a legislação que proibia touradas na cidade, sem sucesso.

Já Anthony [ou Tony] Lowande (ao que tudo indica, filho de Martinho Lowande, brasileiro), era um artista de circo especializado na monta de cavalos.

 

Circo Foureaux Manetti faz exposição zoológica na Rangel Pestana

 

TÍTULO Exposição Zoologica
AUTOR Desconhecido/Propaganda
DATA 8 de setembro de 1917
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S. Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Propaganda de exposição zoológica ligada ao circo de Foureaux Manetti na avenida Rangel Pestana.

Erico Veríssimo faz menção a este circo por, diferentemente dos “circos de cavalinhos” habituais, trazerem animais selvagens como atrações, como elefantes, tigres e hienas.

O circo Foureaux Manetti, ao que tudo indica, tinha esse nome pela junção dos nomes de seus proprietários:

Foureaux and Manetti. Lady and gentlemen riders.

 

 

 

Carnaval Zoologico no Bosque da Saúde traz animais fantasiados

 

TÍTULO Carnaval Zoologico
AUTOR Desconhecido / Publicidade
DATA 11 de fevereiro de 1917
LOCAL São Paulo
FONTE Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

Propaganda de “Carnaval Zoológico” em que animais fantasiados participariam de parada com banda no Bosque da Saúde. Evento não parece  inédito, já que é classificado como a “tradicional passeata dos bichos phantasiados”.

Entre as atrações estão os macacos Gregório (que viria montado a cavalo), Sultão, Dalila, Plibio, Plobo, Chiquinho, Merina, além de gansos, cães, jaburus, quatis, cabras e cavalos.

 
 
 

Arrendatário do Bosque da Saúde leva jornalistas para conhecer parque em que planeja construção de zoo

 

TÍTULO  Bosque da Saúde
AUTOR  Desconhecido
DATA 23 de outubro de 1916 
LOCAL  São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 Breve nota reportando que Miguel Antonio Bruno, arrendatário e do Bosque da Saúde, convidou jornalistas do “Correio Paulistano, “Diario Popular”, “Platéa”, “Gazeta”, “Diario Allemão”, “Capital”, “Combate, “Nação”, “Fanfulla”, “Correio da Semana”, “Commercio de S.Paulo” ao parque onde planeja construir um Jardim Zoológico, “possuindo já uma grande quantidade de animaes raros”.

 
 
 
 

Carlos Botelho diz a médicos e jornalistas que pretende criar no Jardim de Aclimação “especie de jardim zoologico” para “recreio” das famílias paulistas

 

TÍTULO  Jardim da Acclimação
AUTOR  Desconhecido
DATA  5 de julho de 1911
LOCAL  São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 Grupo de médicos e jornalista visita o Jardim da Acclimação a convite de Carlos Botelho.
A reportagem descreve o parque “bem ajardinado”, o lago, a leiteria e o estábulo. Um jardim zoológico, na época, ainda estava somente nos planos dos proprietários, ainda que já existissem ali alguns animais (exóticos e domésticos). O objetivo, a longo prazo, era tornar o parque em um lugar de recreio/lazer para a população:

 

Além do serviço irreprehensivel da colheita do leite, tiveram os clinicos occasião de verificarem o ideal do dr. Botelho, que é estabelecer alli, como no Jardim de Acclimação de Paris, uma especie de jardim zoologico. Para isso já existem lá muitos cavallos de fina raça, cães galgos e outros, antas, carneiros, um dromedario e diversas aves aquaticas, sendo de notar que existe uma cisne que choca atualmente ovos para darem esse producto, que tanto enfeita o jardim. É [in]tenção do dr. Carlos Botelho de abrir ao publico escolhido de S.Paulo o seu cuidado jardim, estabelecendo nelle sociedades que tornarão o aprazivel logar conhecido. Assim já existe um “club hippico”, para montaria, vae haver um outro de “law tennis” e um para regatas para senhoras. Como se vê desta arte vae ficar procurado o jardim, que tem todas as condições para ser logar de recreio às famílias paulistas.

 

Inexistência de zoo em São Paulo prejudica “indústria do forasteiro”, diz jornal

 

TÍTULO  UM PROBLEMA – A industria do forasteiro – A proposito da viagem do “Bluecher”
AUTOR  Desconhecido
DATA  16 de fevereiro de 1910
LOCAL  São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Em artigo não assinado, é comentada a falta de preparo da cidade de São Paulo para a “indústria do forasteiro”, ou seja, para o turismo.
Entre os problemas apontados, está a falta de um zoológico na cidade, que permitiria aos estrangeiros conhecerem os animais locais sem terem que se embrenhar pelas matas.

 

Grande Circo Zoológico Norte-Americano se apresenta em São Paulo sob direção de Rob McPherson

 

TÍTULO  Polytheama
AUTOR  Desconhecido
DATA  6 de fevereiro de 1910
LOCAL  São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO
Programação detalhada do Grande Circo Zoológico Norte-Americano, que esteve na cidade de São Paulo durante 1910 com “50 animaes ferozes” e 10 domadores sob a direção do norte-americano Rob Mac Pherson (provavelmente Robert McPherson). Entre os animais amestrados, estão cachorros, ursos, hienas, leões e um cabrito.

 

Criança é atacada por pantera em circo que se apresentava no centro de São Paulo

 

TÍTULO  Apanhada por uma fera
AUTOR  Desconhecido
DATA  8 de fevereiro de 1910
LOCAL  São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO  “Inocente criança” é atacada por “feroz animal”, uma pantera, durante intervalo de apresentação do Circo Zoológico Norte-Americano no centro da cidade (no Polytheama, na avenida São João). O ataque aconteceu quando os visitantes entraram no espaço das jaulas dos animais, desrespeitando as normas do circo.

 

Sociedade anônima planeja construção de zoo em parque no Jabaquara

 

TÍTULO  O Parque Jabaquara
AUTOR  (incorporador) A. Cantarella
DATA  14 de setembro de 1910
LOCAL  São Paulo
FONTE  O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Propaganda de promoção de uma sociedade anônima para a criação de um parque no Jabaquara fala que, entre os planos dos organizadores, está a construção de um jardim zoológico no local.

 

http://acervo.estadao.com.br/publicados/1910/09/14/g/19100914-11598-nac-0007-999-7-not-kpwxsaa.jpg

Prefeito de São Paulo promulga lei sobre construção, uso e gozo de zoo no município

 

TÍTULO  Prefeitura Municipal, Secretaria Geral, Expediente do dia 4 de junho de 1909, Lei N. 1216 de 4 de junho de 1909
AUTOR  Texto legislativo
DATA  5 de junho de 1909
LOCAL  São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 Antonio da Silva Prado, prefeito da cidade de São Paulo, promulga lei [número 1.216 de 4 de junho de 1909] que dispõe sobre a “construcção, uso e gozo de um Jardim Zoologico neste município” e que já prevê a isenção de impostos municipais para tal empreendimento.
As condições estabelecidas no artigo 4 também demonstram as expectativas em relação a um zoo  em São Paulo. Este deveria ter um restaurante asseado, não consentir com jogos ilícitos (provável referência ao jogo do bicho no Rio de Janeiro), ter a entrada franca para alunos das escolas municipais, entregar seus animais mortos (já conservados, leia-se empalhados) ao Museu do Estado, trabalhar para manter e aumentar a coleção de animais, bem alimentar seus animais, submeter à aprovação do poder público o tipo e a segurança das jaulas e dos depósitos de animais, assim como suas condições higiênicas e estéticas. 

Esta lei somente foi revogada em 12 de dezembro de 2005, pelo então prefeito José Serra.