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Médico psiquiatra Franco da Rocha defende construção de zoo em São Paulo

TÍTULO Jardim Zoologico
AUTOR Franco da Rocha
DATA 14 de março de 1924
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Texto de duas colunas no canto superior esquerdo da página, portanto, lugar de destaque, defendendo a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. É assinado por Franco da Rocha, médico psiquiatra.

A falta de um jardim zoológico se dá, segundo o texto, na medida em que “não sobram” na cidade lugares de “diversões inocentes” e de “passatempo instrutivo”.

Entre os argumentos a favor da construção, está a crença de que haveria particulares interessados na construção e um público disposto a pagar ingresso para a manutenção do espaço. Além disso, para Franco da Rocha, a fauna do país está sendo destruída por caçadores e pelo Estado (que tentam combater o problema apenas criando leis que não são cumpridas). Em  outra coluna, Franco da Rocha já criticava o desmatamento de áreas da cidade e clamava pela criação de uma sociedade/um grupo que defendesse a conservação das florestas. A construção de um zoo cumpriria a necessidade de reunir as espécies que em breve deveriam entrar em extinção no país, portanto.

Entre os argumentos contra (que, na opinião do texto, é contornável) está a “maldita praga” do jogo do bicho.

Franco da Rocha fala da humilhação: “Não deixa de ser um pouquinho humilhante a ausência de um Jardim Zoológica na terra dos bandeirantes – no Estado em cujo estandarte se inscreveu o lema heráldico: “Non ducor, duco” [“Não Sou Conduzido, Conduzo”].

Um zoológico em SP deveria ser, segundo a coluna, feito talvez sem o uso de grades (que enferrujam, enfeiando o espaço e colocando os visitantes em risco), como acontece no Rio de Janeiro –experiência essa que parece ter tido lugar em Sidney: “Os modernos Jardins Zoológicos guardam suas feras em áreas fechadas por fossos de feitios especial, bem estudado, que os animais não podem em caso algum saltar e transpor, de modo que essas prisões disfarçadas dão ao visitante a impressão de que os animais estão soltos, como vivem no seu habitat natural”

Importante notar que o autor usa o termo “prisão” para se referir à condição animal no zoo e deixa claro que o animal não se sente livre em ambientes que simulam o habitat natural dos animais, mas, sim, que os visitante têm essa impressão. 

Jornalista defende construção de zoológico em São Paulo como ponto de divertimento

TÍTULO Coisas da Cidade – Jardim Zoológico
AUTOR Plínio Barreto
DATA 20 de fevereiro de 1923
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Autor da coluna “Coisas da Cidade”, Plínio Barreto volta a defender a construção de um zoológico na cidade de São Paulo. Segundo ele, a empreitada se justificaria pelo tamanho de São Paulo, já uma metrópole de 600 mil habitantes, e a necessidade de divertimentos para a população. Segundo ele, junto com o zoo, poderia também ser feito um Jardim Botânico, há que, se “as feras atraem muitos curiosos, as plantas não interessam senão a uma pequena parte do público.”

COISAS DA CIDADE
JARDIM ZOOLOGICO
Por que não se funda, em S.Paulo, um jardim zoológico?
É esta pergunta que me fazem, com frequência, vários correspondentes, os quaes sempre se estendem em considerações, mais ou menos razoáveis, para justificar a necessidaade de um estabelecimento desses nesta capital.
Mas haveria mesmo quem precise ainda de novos argumentos para se convencer da utilidade e necessidade de um jardim zoológico em s.Paulo?
A nossa capital: -não há mal nenhum em repetir-se isso- já é uma grande metrópole, com 600.000 habitantes . Ora, para essa população enorme, que tende a crescer enormemente dentro de algumas dezenas de annos, quaes os divertimentos que se contam aqui?
Pouquíssimos. Fôra as partidas de futebol, os cinemas, os espectaculos nos theatros, o publico que sae de casa aos domingos, só tem para se espairecer e divertir o jardim da Luz e os outros parques, em nenhum dos quaes existem divertimentos verdadeiramente attrahentes. No jardim da Luz e no jardim de Acclimação ainda se encontram alguns animaes interessantes, que, apesar de serem sempre os mesmos e pouquissimos e estarem por isso muito vistos e revistos, attraem grande concorrencia de curiosos diante das suas grades. Já isto esta mostrando quanto seria concorrido um jardim zoológico que aqui se fundasse, e que todos os dias se fosse enriquecendo de novos exemplares da nossa fauna. Podia-se estabelecer, no próprio jardim zoologico, um jardim botanico de que temos também muita necessidade. E o publico lucraria assim duplamente, conhecendo a um tempo a nossa fauna interessantissima e a nossa riquissima flora. Quer-nos parecer que a única maneira de se fazer um jardim botanico é assim, ao lado de um jardim zoologico, a não ser que não se faça questão de ver, naquele, grande concorrencia do povo. Porque a verdade é que, se as fêras ttraem muitos curiosos, as plantas não interessam senão a uma pequena parte do publico. Aquelle que estuda a botanica ou se interessa pela flora.
Que se fundasse, porém, o jardim zoológico, com os melhores elementos existentes em S.Paulo, sobretudo com alguns particulares que decerto não recusariam vender as suas colecções ao municipio; o Jardim Botanico viria depois. E a população teria um excellente ponto de divertimento, vendo animaes de que se tem notícia so pelos livros, e os estrangeiros poderiam admirar a riqueza incrível da nossa fauna.
Assinado por P.

Leão foge de zoológico de Porto Alegre, leva tiro de raspão e é recapturado a laço

 

TÍTULO Leão em Liberdade
AUTOR Desconhecido
DATA 24 de março de 1919
LOCAL Porto Alegre
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Leão africano foge de jaula em zoológico de Porto Alegre e depois é recapturado a laço. Apesar de o jornal reportar a tranquilidade do animal, o leão levou um tiro de raspão de um particular que ficou assustado.

“Com um rapido movimento, o leão abriu-as [as portas], pondo-se em liberdade. Logo que se achou no parque do Jardim, a fera sahiu a caminhar lentamente pelos passeios.”

 

Jacaré do zoológico do Rio de Janeiro bota 20 ovos

 

TÍTULO Jardim Zoologico
AUTOR Desconhecido
DATA 24 de fevereiro de 1919
LOCAL Rio de Janeiro
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

“Uma femea de Jacaré, na sexta-feira, às 15 horas e 40 minutos, surprehendeu os visitantes e o pessoal do Jardim Zoologico do Rio, com uma postura de 20 ovos; tudo isso realisado no espaço de 40 minuts.

Estes 20 ovos, regulando o tamanho de um ovo commum de gallinha, de formato mais ligeramente alongado, de cor branca com tonalidade azulada, poderão ser apreciados pelo público, durante uns cinco a seis dias, depois serão aproveitados na incubadora, que consiste em um caixão cheio de vegetaes cuja fermentação produz o calor necessário para a germinação dos jacarézinhos.

Ha precisamente 10 annos, neste Jardim Zoologico, foi conseguida a producção de 16 jacarés pelo processo acima referido; isso destroe a lenda de que a jacaré choca os ovos com os olhos.”

 

Leitor denuncia maus-tratos a animais no Bosque da Saúde

 

TÍTULO Queixas e Reclamações
AUTOR Desconhecido
DATA 26 de março de 1918
LOCAL Bosque da Saúde, São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Carta do leitor na seção “Queixas e Reclamações” denuncia as péssimas condições do jardim zoológico do Bosque da Saúde, com animais passando fome e em situação de penúria: “Quanta miséria se vê ali, diz o missivista, com referencia aos pobres animaes! Mortos de fome, pessimamente alojados, e nas gaiolas uma agua transformada em outro liquido, verde e viscoso, que até não tem classificação.”

Macacos do zoológico do Rio de Janeiro sofrem insolação com altas temperaturas

 

TÍTULO Os Macacos Insolados
Os animaes são também atacados de insolação
AUTOR Desconhecido
DATA 3 de fevereiro de 1917
LOCAL Rio de Janeiro, RJ
FONTE Correio Paulistano, O Estado de S.Paulo
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional [matéria do Correio Paulistano]

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO

Estadão, em uma página com inúmeras retrancas sobre o calor excepcional pelo qual passava o Rio de Janeiro, noticia que a macaca Lúcia havia sofrido insolação no zoológico.

Notícia também foi dada pelo Correio Paulistano, que registrou: “Todos os animaes começaram a gritar. Os empregados suppozeram que se tratava das suas habituaes momices, mas verificou-se depois que era resultado da insolação de que foram atacado. Foi chamado o professor verterinario que os poz fóra de perigo.”

 

O Estado de S.Paulo

 

Correio Paulistano

 

 

 

Estadão reproduz listagem dos animais sob a posse do Jardim Zoológico do Rio em 1916

 

TÍTULO  O Jardim Zoologico do Rio: Augmento das colleccões do jardim zoológico do Rio – a relação dos novos animaes
AUTOR  Desconhecido
DATA  4 de dezembro de 1916
LOCAL  Rio de Janeiro
FONTE  “O Estado de S.Paulo”
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO  “O Estado de S.Paulo” reproduz relação informada pelo “Jornal do Commercio” com animais sob a posse do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, incluindo chimpanzés Lulú II e Lucia, que seriam “os predilectos das crianças e mesmo dos adultos que frequentam o Jardim”. 
 
 

Arrendatário do Bosque da Saúde leva jornalistas para conhecer parque em que planeja construção de zoo

 

TÍTULO  Bosque da Saúde
AUTOR  Desconhecido
DATA 23 de outubro de 1916 
LOCAL  São Paulo
FONTE  Correio Paulistano
REPOSITÓRIO

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional

DESCRIÇÃO

 Breve nota reportando que Miguel Antonio Bruno, arrendatário e do Bosque da Saúde, convidou jornalistas do “Correio Paulistano, “Diario Popular”, “Platéa”, “Gazeta”, “Diario Allemão”, “Capital”, “Combate, “Nação”, “Fanfulla”, “Correio da Semana”, “Commercio de S.Paulo” ao parque onde planeja construir um Jardim Zoológico, “possuindo já uma grande quantidade de animaes raros”.

 
 
 
 

Artigo analisa mortes em zoológico do Reino Unido de 1851 a 1860

 

TÍTULO On the causes of death of many of the animals at the Zoological Gardens, Regent’s Park, from 1851 to February 1860
AUTOR  Edwards Crisp 
DATA  24 de abril de 1860
LOCAL  Chelsea, Reino Unido
FONTE  https://archive.org/details/b22286470
REPOSITÓRIO Archive.org
DESCRIÇÃO

Publicação escrita por Edwards Crisp faz levantamento e análise das mortes no Jardim Zoológico de Regent’s Park, no Reino Unido, de 1851 a 1860. Trata-se de uma reimpressão de artigo publicado no “Proceedings of the Zoological Society of London”.

A pesquisa foi feita ao se acompanhar a dissecação de animais no parque em questão. Segundo o autor, só é possível entender a natureza das doenças no homem, e consequentemente tratá-las apropriadamente, ao investigá-las antes nas plantas e nos animais inferiores.

Muitas das mortes relatadas estão relacionadas ao frio: pneumonia, tuberculose e diarreia. 

Jornalista rememora origens do jogo do bicho no Rio de Janeiro

 

TÍTULO  Jornaes do Rio – Jornal do Commercio
AUTOR  Constâncio Alves
DATA 10 de agosto de 1916
LOCAL Rio de Janeiro
FONTE  O Estado de S. Paulo reproduzindo o Jornal do Commercio
REPOSITÓRIO

Acervo Estadão

DESCRIÇÃO Artigo de autoria de Constâncio Alves discute a origem do jogo do bicho, em resposta à colocação de um congressista, Erico Coelho, de que a prática teria origem cambojiana.

 

https://1.bp.blogspot.com/-D7mvtlKwDyY/UeiIPtPI6-I/AAAAAAAABxc/CFN2PozCcpk/s1600/agosto+1916.jpg