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Autorizada construção de zoo no Rio de Janeiro

TÍTULO O que vae pelo Brazil
AUTOR desconhecido
DATA 26 de outubro 1884
LOCAL Rio de Janeiro, RJ
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
 Ministério do Imperio autoriza commendador João Baptista Vianna Drumond (Barão de Drummond), a construir no bairro de Villa Izabel um jardim zoologico “semelhante aos que ha em algumas cidades da Europa”

 

 

A mesma notícia foi veiculada também pelo “Correio Paulistano”:

 

TÍTULO   Thesouraria de Fazenda
AUTOR desconhecido
DATA  25 de outubro de 1884
LOCAL Rio de Janeiro
FONTE  jornal “Correio Paulistano”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO Ao noticiar autorização de criação de um zoo no Rio pelo Barão de Drumond, Correio Paulistano enfatiza que iniciativa semelhante ainda pode ser realizada pelo Imperial Instituto Fluminense de Agricultura

 

Deficiência de specimens prejudica zoo de Lisboa

TÍTULO Corresp. de Portugal
AUTOR C.V. [José Carrilho Videira?]
DATA 18 de novembro 1884
LOCAL Lisboa, Portugal
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
 Correspondente relata brevemente como zoológico de Lisboa, “este recreio tão útil”, não correspondeu às esperanças, devido a “absoluta deficiencia de specimens zoologicos” e má-administração de seus diretores

 

Civilização alcança Lisboa com inauguração de zoo

TÍTULO Escrevem de Lisboa, a 29
AUTOR desconhecido
DATA 19 de junho de 1884
LOCAL Lisboa, Portugal
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
 Reportagem relata inauguração do novo zoológico de Lisboa, Portugal, localizado no parque de S. Sebastião da Pedreira.

Interessante a observação do redator, que relaciona o zoo a uma prisão para os animais:

O local é magnifico, e n’aquelle vasto recinto todo coberto de arvoredos (…), os pobres animaes prisioneiros não terão ao menos a nostalgia da verdura e da sombra

Reportagem também lista os empresários envolvidos no negócio: [José Thomaz] Souza Martins e [Pedro] Van der Loan, e termina fazendo paralelo entre a presença de um zoo e o grau de civilização de uma cidade

Hein! Isto representa inquestionavelmente mais uma conquista que a civilisação alcançou sobre a inercia e rotineira d’esta boa Lisboa.

 

Zoo de Lisboa é inaugurado com cabras e ovelhas

TÍTULO Jardim Zoologico e de Aclimação
AUTOR desconhecido
DATA 29 junho 1884
LOCAL Lisboa, Portugal
FONTE  jornal “Seculo”, em reprodução pela “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
Reprodução de reportagem jornal português “Seculo”, de 29 de maio de 1884, sobre a inauguração do zoológico de Lisboa, em Portugal.
 
Boa parte do texto é uma enumeração dos animais presentes no parque. Muitos deles estão longe da categoria entendida como “selvagem” ou “exótica”, como cabras, ovelhas, bois, corvos, perdizes e cães. Há no entanto, uma girafa e uma gaiola de macacos, que era a “que mais chava a attenção do público”, além de camelos que podiam ser montados por visitantes. 
 
Interessante notar o interesse d’ “A Província de São Paulo” no empreendimento. 

 

Ramalho Ortigão defende zoo como instrumento moralisador e educativo

TÍTULO Lição que nos serve
AUTOR Ramalho Ortigão
DATA 4 de abril de 1883
LOCAL Lisboa, Portugal
FONTE  jornal “A Província de São Paulo”
REPOSITÓRIO  Acervo Estadão
DESCRIÇÃO
Em “A Lição que nos serve”, Ramalho Ortigão, escritor português que colaborava com o jornal “A Província de São Paulo”, elogia a formação de uma comissão em Lisboa para construção de um Jardim Zoológico na capital portuguesa.
 
O autor acredita que a presença do zoo trará resultados positivos à educação da população:
 
A sabida importância de um jardim zoológico para os altos estudos da biologia e da zoologia comparada, as quaes, depois de Darwin, se tornaram a base experimental de toda a philosophia da natureza, torna-se um valor secundário perante os estímulos de curiosidade intellectual e de moralisador e nobilitante prazer intelligente, que essa instituição é chamada a exercer no espírito do povo.
 
Ele continua dizendo que “decretar a instrução”, assim como a “moralidade”, é inútil caso o povo não tenha interesse pelo assunto: “o povo não sente a necessidade de aprender”:
 
A curiosidade intellectual não desperta sinão pelo exercício das faculdades postas em movimento por uma solicitação do prazer, e ninguém entre nós tem pensado em crear os prazeres do espírito popular.
 
Dessa forma, o zoo é importante ao criar o interesse pela instrução a partir do prazer.

Lontra de zoo no Canadá morre após calça ser usada para enriquecimento ambiental

TÍTULO Calgary zoo says otter’s drowning death caused by zookeeper gift: a pair of pants
AUTOR Oliver Milman
DATA 18 de fevereiro de 2015
LOCAL Zoo de Calgary (Canadá)
FONTE The Guardian
REPOSITÓRIO http://www.theguardian.com/world/2016/feb/18/otter-logan-drowns-calgary-zoo-pants
DESCRIÇÃO Lontra Logan, do zoológico de Calgary, morre após par de calças ser deixado em seu recinto como objeto de enriquecimento ambiental. O animal se enroscou na peça e morreu afogado no tanque de água.
Dois funcionários responsáveis pelo incidente seriam punids, segundo Collen Baird, “curador” do zoo.
Segundo a reportagem, em 2009, uma faca também foi deixada por engano no recinto do gorila:

“Incidents do happen at zoos, people do make mistakes,” said Baird. “The pair of pants were unauthorized. What is OK for a gorilla isn’t OK for an otter. It wasn’t appropriate.

(…)

The zoo has said that the incidents are unrelated and that it maintains standards that meet or exceed industry norms. The other otters have not changed their behavior following Logan’s death, the zoo said.

Pavões de zoo chinês morrem após serem usados em selfies

 

TÍTULO  Peacocks are ‘shocked to death’ at Chinese zoo after tourists pick them up and pluck their feathers
AUTOR Chloe Lime
DATA  22 de fevereiro
LOCAL Yunnan Wild Animal Park, zoológico do sudoeste da China
FONTE Daily Mail (e outras)
REPOSITÓRIO http://www.dailymail.co.uk/news/peoplesdaily/article-3458585/Peacocks-shocked-death-Chinese-zoo-tourists-pick-pluck-feathers.html
DESCRIÇÃO  Pavões morrem no Yunnan Wild Animal Park, zoológico do sudoeste da China, após serem capturados por visitantes para selfies nos dias 12 e 15 de fevereiro. Um deles morreu apenas meia hora depois do episódio.

 

Lapões são expostos em zoo de Londres

 

TÍTULO  Raridades
AUTOR desconhecido
DATA  19 de dezembro 1877
LOCAL  Londres, Reino Unido
FONTE  jornal “Diário de S.Paulo”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO  Carl Bock, a pedido do “Sr. Farini”, viaja à Nova Zembla (Canadá) para trazer “animais vivos do mar” para exposição. No entanto, lá tem a “ideia” de “trazer alguns laponios”, voltando com dois homens e duas mulheres de pouco mais de vinte anos, além de renas. Todos ficaram no zoológico de Londres.

Também foram coletados alguns objetos etnográficos (“alguns objectos miudos de uso entre os indigenas da Laponia”).

 

Ursos brancos brigam e viram ‘espetáculo’ em zoo na Alemanha

 

TÍTULO  Espectaculo nunca visto
AUTOR desconhecido
DATA  24 de abril 1877
LOCAL  Jardim Zoológico de Colônia (Alemanha)
FONTE  jornal “Diário de S.Paulo”
REPOSITÓRIO  Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional
DESCRIÇÃO Com detalhes, jornal narra briga entre dois ursos no zoológico de Colônia, Alemanha, em que um deles morreu:

Um espectaculo que é raras vezes dado ao homem contemplar, espectaculo pelo qual mais de um imperador romano teria certamente dado uma fortuna, foi visto ultimamente por uma multidão numerosa no Jardim Zoologico de Colonia.
Dous ursos brancos do mar Glacial, animais celebres por sua ferocidade, bateram-se no seu fosso, e um delles succumbiu depois de um combate furioso. Estes dous ursos tinham sido transportados de Spitzberg [ilha norueguessa] ha cinco anos; havião-nos [sic] alojado em fossos quadrados, ladrilhados e forrados de pedra, no meio dos quais se acham grandes pias, constantemente cheias de água.
A conducta destes carnívoros fôra excellente até os ultimos dias, em que uma violenta rixa rebentou de repente. A femea refugiou-se no cume de um rochedo, atraz de uma das bacias; o macho não tentou perseguil-a [sic]; ali esteve ela acocorada durante três dias, até o momento em que, apertada pela fome, decidiu-se a descer.
Logo que o macho a viu approximar-se, soltou um rugido de envolta com um medonho ranger de dentes; depois, enfurecendo-se, precipita-se sobre ella e começa a despedaçal-a com as garras dianteiras.
Uma luta terrível se travou; mas a femea ficou dentro em pouco por baixo.
Avisou-se o pessoal do Jardim Zoológico, que acudiu o mais depressa possível, depois de se ter munido de compridas trancas de ferro; mas foi impossível separar os combatentes.
Sabe-se que os ursos brancos dos mares polares, que são de uma força prodigiosa, têm os ossos da cabeça muitos mais duros que os ursos da terra; por mais pancadas que lhe derão não puderão atordoar o macho, que, cahindo sobre a femea, lhe arrancou os olhos e a esmagou, por assim dizer, da cabeça até as garras; depois arrastou-a até o fundo de uma pia, onde a segurou debaixo da água até que se certificasse de que ella não dava já signal de vida. Retirou-a então, e pôs-se a passear com o cadáver em redor do fosso. Finalmente, ao cabo de uma hora, cansado pela luta e pelas feridas que recebêra, foi deitar-se na sua cama, que os guardas fechárão immediatamente, deixando cahir as grades de ferro.
Tendo sido examinada a fera morta, pôde-se ver as feridas terríveis que fazem com os dentes e com as garras estes ferozes animais carnívoros. As carnes da femea cahião aos pedaços: o pescoço e mesmo a cabeça estavão quasi esmigalhados; o resto do corpo tinha mais de 100 feridas. É de notar que durante todo o tempo que durou o combate, estes ursos brancos não soltavão nem um grito, nem um murmurio estranho que fazem ouvir os ursos pardos quando se batem.