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Zoo em SP é gasto desnecessário quando temos outras obras urgentes, diz colunista

 

TÍTULO Jardim Zoologico
AUTOR Desconhecido / De um observador da Cidade
DATA 26 de novembro de 1937
LOCAL São Paulo
FONTE O Estado de S.Paulo Folha da
REPOSITÓRIO Acervo Estadão Acervo Folha
DESCRIÇÃO

Colunista critica ideia de criação de um zoológico em São Paulo:

Jardim zoológico
(de um observador da cidade)
O senhor Fábio Prado está se revelando um ótimo administrador. O péssimo calçamento das grandes artérias transformam-se rapidamente em excelentes superfícies de transito. Os parques e jardins, como já tivemos ocasião de comentar, estão ? ?samente cuidados, tendo mudado a fisionomia da cidade. Outros empreendimentos importantes estão a caminho de ?. Entre eles está o novo viaduto do Chá, magnífico munimento, a que ficará ligado o nome do nosso prestimoso prefeito.
Permita-nos agora, o nosso estimável patrício, que façamos ligeiro e respeitoso reparo às obras que, a nosso ver, não deveriam ter sido executadas e às que devem sofrer adiamento.
Agora, segundo noticiam os jornais, pretende-se adquirir ? chácara em Santo Amaro e ali instalar um jardim zoológico. A ideia em si é louvável e mereceria apoio irrestrito em época de desafogo. Mas, na actual conjuntura de insephismáveis preocupações financeiras e quando empreendimentos de frande valor urgente estão à espera de solução, será razoável aplicar uma soma em obra de efeito meramente recreativo tal como um jardim zoológico?
Há grandes trabalhos a empreender e que a população de São Paulo pede, reclama e exige há longos anos sem que seja atendida. Citemos alguns que ão só terão um relevo urbano de grande alcance, como dizem de perto à Saúde Pública. Em primeiro lugar, está a canalização do rio Tietê, que não transformará o facies da “urbs” paulistana como se fará sentir como eminentemente higiênica, pois a atual utilização do Tietê como receptor da volumosíssima carga dos esgotos da Capital  ? evidentemente , está a expor seus habitantes às consequências graves de um possível surto epidêmico.
Figura em segundo lugar a remoção das célebres porteiras ? estação do Braz, que a paciência inesgotável do povo de S. Paulo tem tolerado até hoje, e que deve ter prioridade a qualquer outro serviço. Lembramos ainda que há muitas ruas que necessitam de urgentes calçamentos; a do Bom Pastor, por exemplo. (…)
Do exposto, estamos certos, o nosso amável e dinâmico feito há de convir que um Jardim Zoológico, no momento atual não representa aspiração mais premente da população desta cidade.
A salubridade pública: o aperfeiçoamento do calçamento das vias públicas urbanas e rurais, e outras questões de ordem ? devem preceder a quaesquer outras iniciativas que demandam grandes dispêndios.

 

Lorenz Hagenbeck visita Rio de Janeiro para construção de novo zoo municipal

 

TÍTULO A Prefeitura do Rio cogita de reorganizar o Jardim Zoologico
AUTOR Desconhecido
DATA 28 de novembro de 1937
LOCAL Rio de Janeiro
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO Lorenz Hagenbeck visita o Rio de Janeiro a convite do interventor Henrique Dodsworth para estudar possibilidade de criação de zoo municipal

 

TÍTULO Escolhido o novo local para o Jardim Zoologico do Rio
AUTOR Desconhecido
DATA 3 de dezembro de 1937
LOCAL Rio de Janeiro
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO Com Lorenz Hagenbeck, municipalidade do Rio de Janeiro escolhe um “vasto terreno situado na linha Rio Douro, nas proximidades do Engenho do Matto” para a criação de um novo zoo municipal

 

Jardim de Aclimação fechará portas em dezembro de 1937

 

TÍTULO Será fechado, no fim deste anno, o Jardim da Aclimação
AUTOR Desconhecido
DATA 9 de junho de 1937
LOCAL São Paulo
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO Reportagem sobre fechamento do Jardim de Aclimação, previsto para dezembro de 1937. 
São listados os nomes dos proprietários: Carlos Botelho Júnior, Antonio Carlos Arruda Botelho e Augusto Macedo Costa

 

Macaco se autoflagela no Rio de Janeiro após ser irritado por visitantes

 

TÍTULO Diário Carioca
AUTOR Humberto de Campos
DATA 27 de dezembro de 1932
LOCAL Rio de Janeiro
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO Em artigo sobre a guerra entre nações, Humberto de Campos relembra caso do macaco Isaac, no Rio de Janeiro: “Conhecestes, sem dúvida, porque estaes em toda parte, um macaco chamado Isaac, que havia no Zoologico do Rio de Janeiro. Esse macaco, ao ser irritado pelos visitantes, não podendo atirar-se contra eles, lançava-se contra si mesmo, e mordia os braços, a causa, o corpo todo, até que o sangue lhe espadana da carne espedaçada”

 

Folha visita zoo amador na Granja Julieta

 

TÍTULO Desconhecido
AUTOR Juca Pato
DATA 2 de maio de 1930
LOCAL São Paulo
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO

Redator da coluna do Juca Pato visita zoo em Santo Amaro, na Granja Julieta, de propriedade de Manoel Justino de Almeida.

No final do artigo, muito elogioso, é dito: “E São Paulo não tem no seu patrimônio público um estabelecimento de exposição zoológica como há em todo o mundo, para mostrar o seu progresso e o seu adiantamento, proporcionando ao povo um logradouro como a Granja Julieta! Por que o governo não adquire aquela propriedade para quanqueá-la à população da Capital, como recreio, como ar como instrução zoológica?”

 

Macaco do Jardim de Aclimação serve de cobaia para demonstração de Sergio Voronoff

 

TÍTULO Jardim da Acclimação
AUTOR Desconhecido
DATA 24 de novembro de 1929
LOCAL São Paulo
FONTE Folha da Manhã
REPOSITÓRIO Acervo Folha
DESCRIÇÃO

Breve nota sobre a coleção zoológica do Jardim de Aclimação destaca o macaco Jorge, que teria sofrido a intervenção do “famoso prof. Sergio Voronoff”, cirurgião russo (1866-1951)  que prometia o rejuvenescimento.

A intervenção provavelmente ocorreu em 1928, durante visita de Voronoff ao Brasil. Voronoff defendia o transplante de de testículos de animais jovens para animais mais velhos, de forma que estes recuperassem a vitalidade. Da mesma forma, defendia que o transplante de glândulas sexuais de macacos em homens poderiam prolongar a vida humana até os 140 anos. A técnica ficou conhecida como xenotransplante glandular.

Voronoff fez essa cirurgia no Brasil, transplantando tecidos do testículo de um chimpanzé para o dono de uma granja de Campinas, Feliciano de Ferreira de Moraes. Não está claro se o chimpanzé em questão era “Jorge” do Jardim de Aclimação.

Para mais informações sobre Serge Voronoff, vale a leitura do artigo “Os curiosos xenoimplantes glandulares do doutor Voronoff”